domingo, 19 de outubro de 2014

Progressão Parcial

Tema : Democracia e cidadania. A estrutura política, do direito romano e Corpus Juris Civili


Roma nasceu de um pequeno povoado nas terras férteis do Lácio, centro da Península Itálica, recebendo influência de diversos povos indo-europeus que se fixaram na região desde do século X a.C., como os latino-faliscos e sabinos. As pesquisas históricas indicam que as aldeias que deram origem à cidade foram reunidas e viveram sob um governo monárquico até o século VI a.C. Os clãs eram comandados por um rei que detinha também o comando do exército e dos assuntos da justiça e a função de sacerdote. O período monárquico que compreende ao governo dos três últimos reis refere-se ao período de dominação etrusca, existindo registros históricos sobre sua existência.
Monarquia: No período monárquico, do ponto de vista social, a elite romana era formada pelos patrícios, grandes proprietários de terras, que constituíam uma aristocracia detentora de privilégios políticos e religiosos. Abaixo deles estavam os plebeus, homens livres que não tinha direitos políticos, sendo, portanto, marginalizados. Muitos desses plebeus eram clientes (indivíduos que prestavam serviços aos patrícios, além de ser seus dependentes ou agregados. Na mais baixa situação social estavam os escravos, endividados ou vencidos em guerras, considerados simples instrumentos em guerras, considerados simples instrumentos de trabalho e ainda pouco numerosos no período monárquico. Do ponto de vista político, o rei tinha funções executivas, judiciais e religiosas, mas seu poder era controlado pelo Senado ou Conselho dos Anciãos, dominados pelos patrícios. No final do século VII a.C., a estabilidade romana foi quebrada pela dominação dos etruscos, que impuseram sua força militar e política, passando a nomear os reis de Roma. A Monarquia foi abolida e o Senado passou a representar o poder supremo, configurando-se um regime de características oligárquicas: a República.

                            

                                                               Pirâmide Social 

República: O período republicano foi um tipo de governo marcado pela criação de vários cargos políticos e controlado pela elite proprietária de terras romana. O órgão máximo de poder na nova estrutura política instaurada em Roma era o Senado, que exercia funções legislativas e controlava toda a administração e as finanças, tendo poder até mesmo para declarar guerras. Os magistrados (detentores de cargos políticos) que administravam a Republica romana eram os cônsules (aqueles que propunham as leis e presidiam o Senado), os pretores (os que administravam a justiça), censores (os que faziam a classificação do povo de acordo com a renda), edis (os que cuidavam da cidade), e os questores (os que eram encarregados das finanças do governo). A presença da elite patrícia nos mais importantes cargos e decisões das políticas romanas, acabou promovendo uma situação de disputa entre eles e a classe plebeia. Os plebeus organizaram várias revoltas em prol de sua inserção política e revoltados retiraram-se de Roma para o Monte Sagrado. Os patrícios cederam à pressão e criaram o cargo de tribuno da plebe que, eleito pelos plebeus, tinha poder de veto sobre as decisões do Senado. No aspecto político-militar, Roma começou um projeto expansionista que fez com que toda a Península Itálica estivesse sobre controle romano. A expansão territorial romana ocasionou profundas transformações para Roma. O enriquecimento dos patrícios, a proletarização dos plebeus e ascensão dos generais levaram novas questões à tona. A expansão territorial trouxe profundas mudanças na estrutura política, social, econômica, cultural de Roma.
-Houve um enorme aumento da escravidão
-O surgimento dos latifúndios e a falência dos pequenos proprietários
-Processo de marginalização dos plebeus, resultado do empobrecimento dos pequenos proprietários e da expansão do escravismo, deixando esta classe sem terras e sem emprego. E muitas mais mudanças

A crise Republicana
A situação de marginalidade dos plebeus, o aparecimento dos latifúndios; levaram alguns tribunos da plebe a proporem uma reforma agrária: foram os irmãos Tibério e Caio Graco.
Os irmãos Graco tentaram melhorar as condições de vida dos plebeus por meio de uma reforma agrária e de uma lei frumentária. O desaparecimento do cidadão soldado veio fortalecer o poder individual de alguns generais. Destacaram-se o general Mário e o general Sila que levam seus exércitos a conflitos pela disputa do poder político. Esses conflitos foram chamados de guerras civis. E teve também o Triunvirato que foi o período que o governo de Roma estava dividido em três generais. O primeiro triunvirato foi composto por Júlio Cesar, Pompeu e Crasso. E com a morte de Crasso César e Pompeu travaram uma disputa pelo poder, resultando na vitória de Júlio Cesar. O segundo triunvirato foi formado por Caio Otávio, Marco Antônio e Lépido, que também travaram uma disputa pelo poder, com a vitória de Caio Otavio.


                           Senado Romano: importante força política na República Romana

Império: No período imperial a principal característica do Império Romano é a centralização do poder nas mãos de um só governante. O longo período das guerras civis, contribuiu para enfraquecer o Senado e fortalecer o exército. O período imperial romano é dividido em dois momentos: o Alto Império, marcado pelo apogeu de Roma; e pelo Baixo Império, que representa a decadência e queda de Roma.
Alto Império – Com a centralização do poder nas mãos do imperador e diminuição do poder do Senado, ocorreu uma profunda reforma política em Roma. O imperador passou não só a deter o poder político, mas também a ser cultuado como uma divindade. Otávio Augusto ao implantar o Império, dedicou-se a instituir reformas administrativas que progressivamente, aos poucos, favoreceram a constituição de uma burocracia, nomeada com base em critérios censitários. A burocracia era a nova classe privilegiada de Roma, formada tanto pela antiga aristocracia patrícia quanto pelos comerciantes enriquecidos coma expansão territorial.
Baixo império – A partir do século III da era cristã, a civilização romana mergulhou em sucessivas crises, iniciando um período que denomina-se Baixo Império. A expansão territorial, base de toda a riqueza a estabilidade política e social do império, foi se esgotando. Esse esgotamento ocorreu por vários motivos, como a própria dimensão territorial alcançada, com a pressão dos povos dominados e vizinhos e as dificuldades para novas anexações- devido à distância e aos custos. Além disso, havia obstáculos naturais detendo os romanos, desde os desertos da África e do Oriente Médio até as florestas da Europa Central.

                                         O Império Romano em sua maior extensão, no século II


E um bom aspecto que podemos relacionar com os dias de hoje, é o fator da democracia.Que começou com a divisão da sociadade em patricios, clero, clientes e plebeus. E mais de uma vez os plebeus lutaram contra patricios para ter mais direitos na sociedade.A luta pela democracia naquela época levou a nós, nos dias de hoje o poder do voto.

Aluna: Bruna Maria
Série: 2 ano A

sábado, 18 de outubro de 2014

Progressão Parcial

Democracia e cidadania. A estrutura política, do direito romano e Corpus Juris Civilis




  A arte romana alcançou  muito prestígio, em consequência do período  político e militar obtido pelo Império Romano, Construções como as fortificações e muralhas, e obras públicas como aquedutos, pontes e estradas resultaram da organização da sociedade romana e do sentido de utilidade que os romanos conferiam às suas criações arquitetônicas e artísticas.
  Roma herdou dos gregos a visão humanista do mundo. Também eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses, incluindo as mesmas divindades gregas sob denominações diferentes. Assim, por exemplo, o deus grego Zeus passou a ser Júpiter para os romanos, Dionísio transformou-se em Baco, Poseidon em Netuno, Afrodite em Vênus. Os cultos aos deuses eram realizados por meio de orações, sacrifícios públicos, oferendas nos templos, danças e festas. 
   As pinturas murais, assim como as esculturas romanas, receberam influência etrusca, itálica e helênica.
    Os romanos também se destacaram na língua e na literatura, com Cícero, o maior orador latino.
   O Coliseu e outros anfiteatros - arenas ovais ou circulares rodeadas de degraus a céu aberto - foram palco das encenações teatrais, festivais públicos e espetáculos de gladiadores. A fase de expansão romana foi muito importante, através dela Roma conseguiu uma grande diversidade cultural e teve acesso a novas tecnologias. 
   Os poderes públicos eram exercido pelo senado, pela as magistraturas republicanas e pelo imperador. Chama-se período bizantino a fase histórica que vai desde a morte de Justiniano até a tomada da cidade Constantinopla.  

Corpus Juris Civilis 

  
É uma obra fundamental da jurisprudência, publicada por ordem do imperador bizantino Justiniano I. O livro é composto por 4 partes: o Código de Justiniano, que continha toda a legislação romana revisada desde século 2; o Digesto ou Pandectas, composto pele jurisprudência romana: Institutos, os princípios fundamentais do direito; e as Novelas ou Autênticas, com leis formuladas por Justiniano.

Quem escreveu

  Justiniano (482-562) foi imperador romano do Oriente de 527 até sua morte. Assim que assumiu o poder, ordenou a compilação de leis que compõem o Corpus Juris Civilis.

Porque mudou a humanidade

  Porque organizou as leis que já existiam e formulou novas, que se tornaram a base do direito civil moderno. Além de representar uma revolução jurídica, é também um documento importante sobre a vida no Império Romano.

                                

Obra jurídica fundamental publicada entre os anos 529 e 534.




                                          Imperador Justiniano


Senado Romano


Aluno: Leandro Nascimento

Progressão Parcial

Cidade e como Primeiras civilizações:  a organização das Sociedades na antiguidade Ocidental e Oriental.

  Civilização é uma palavra com muitos significados . As origens históricas do termo são diversas, podendo referir-se aos bons modos ou hábitos de civilidade (como comer com talheres), á intelectualidade, a um estágio avançado do desenvolvimento da cultura humana em oposição ao estado de barbárie ou selvageria. O surgimento de cidades e do Estado, não aconteceu ao mesmo tempo em todo o mundo.  A história abarca  diferentes formas de sentir e vivenciar o tempo, ou seja múltiplas temporalidades .


A civilização mesopotâmica 

 A mesopotâmia situa-se no Oriente Médio, entre os rios Tigre e Eufrates, na região conhecida como crescente Fértil. Seu nome já sugere tratar-se de uma região fértil, embora localizada  em meio a montanhas e desertos: Mesopotâmia vem do grego mesopotamos que significa “ Terra entre rios”.
Os mesopotâmicos não se caracterizavam pela construção de uma unidade política. Entre eles, sempre predominaram os pequenos Estados, que tinham nas cidades seu centro político, formando as chamadas cidades- Estados. Cada uma delas controlava seu próprio território rural e pastoril e a própria rede de irrigação. Civilização Hidráulica é um termo que faz referência às civilizações que viveram na Mesopotâmia e no Antigo Egito.  O conceito de Civilização Hidráulica foi expandido e, hoje, não está mais restrito às civilizações do Egito e da Mesopotâmia. Essa mesma noção de grande dependência dos rios e sua notória influência na vida da comunidade é utilizada também para explicar duas outras grandes sociedades que se organizaram em torno de rios.

                                           
                                         Mesopotâmia: região povoada por uma grande diversidade de civilizações.

A civilização egípcia:

 Uma das maiores e mais antigas civilizações  do mundo  foi a Civilização Egípcia.
A Civilização Egípcia se desenvolveu as margens do rio Nilo, situado no nordeste da África.
O Nilo foi essencial para a existência do Egito Antigo. As águas do Nilo fertilizavam uma grande extensão de terras destinadas a agricultura.  Os egípcios
  eram um povo de grande conhecimento. Foram  eles os primeiros a realizarem obras de drenagem e irrigação. O comércio era bastante praticado entre o alto e o baixo Egito. A agricultura era a propulsora da economia na região.


           Colheita de uva para a produção de vinho numa pintura egípcia feita na tumba do sacerdote.

Civilização hebraica 


A Palestina  é um território estrategicamente localizado pois fica entre a passagem  da  África para a Ásia. Por ter um grande volume de pessoas passando por ali, seria inevitável o desenrolar do comércio na região, que teve início com a civilização Hebraica. O povo hebreu se estabeleceu na palestina atual região do Israel. Os Hebreus , se organizaram em um primeiro momento no que foi chamado de  “Períodos  dos patriarcas ”, onde eles se organizavam em vários clãs patriarcais . Essa civilização vivia basicamente da criação de gado na região, além de serem responsáveis pela criação e do desenvolvimento do comércio na região.
Esses homens tinham um papel muito importante na sociedade, eram eles os líderes das tribos e possuíam um papel de administração geral da mesma. Já as mulheres tinham como principal função serem educadas especialmente para o casamento, e depois de casadas viviam basicamente para educar seus filhos, que geralmente eram muitos, pois esse povo tinha como característica terem famílias muito grandes.
Um outro papel muito interessante na sociedade Hebraica é a escravidão, que para eles era algo completamente comum.

A civilização fenícia

Os fenícios são um povo de origem semita da costa setentrional do mar Vermelho (atual Líbano). Por volta do ano 1000 a.C., cidades-estados instauram a Fenícia como federação, sob a hegemonia de Tiro. Colonizam o sul da península Itálica, parte da Sicília, litoral sul da península Ibérica e norte da África, onde fundam Cartago em 814 a.C. A partir de 800 a.C., a Fenícia faz parte, sucessivamente, do Império Babilônico, do Persa e do Macedônico. Com a queda de Tiro, em 332 a.C., a hegemonia passa para Cartago, que enfrenta os romanos nas Guerras Púnicas. Cartago é derrotada em 146 a.C.
   A principal atividade econômica dos fenícios é o comércio marítimo. Realizam grande intercâmbio com as cidades gregas e egípcias e as tribos litorâneas da África e da península Ibérica, no Mediterrâneo. Possuem uma poderosa classe de comerciantes ricos e utilizam o trabalho escravo. A base da organização política são os clãs familiares, detentores da riqueza e do poder militar. Cada cidade-estado é governada por um rei, indicado pelas famílias mais poderosas. Desenvolvem técnicas de navegação e de fabricação de barco, vidro, tecido e artesanato metalúrgico. Criam também um alfabeto, posteriormente adotado com modificações pelos gregos e a partir do qual é instituído o alfabeto latino. Sua religião é politeísta, com cultos e sacrifícios humanos. 

 A civilização Persa

A Civilização Persa formou o maior império da Antiguidade Oriental.

Por muito tempo os povos semitas, hititas, Egípcios e Gregos foram vassalos dos reis persas.

Por volta de 2000 a.C. a região do atual Irã, era habitada por dois povos distintos, os Medos e os Persas.
Em 558 a.C, os persas liderados por Ciro, destruíram a unidade política dos Medos e passaram a controlar a região.

Com a morte do Rei Cambises
, filho de Ciro, o controle da Pérsia passaria para Dario I que dividiu o grande império em 20 Sátrapias, o mesmo que províncias.

Apesar de impor a sua dominação política sobre os vários povos do oriente, os Persas respeitavam as particularidades culturais de cada povo.

Cada província seria governada por um Sátrapa, líder provinciano indicado pelo rei. Existia também outros funcionários, os chamados Olhos e os Ouvidos do Rei que tinham a função de fiscalizar essas províncias.


                                                                                  Civilização persa
                                   
Relacionando com o dia-a-dia

-Comer com talheres
-Avanço tecnológico
-Desenvolvimento das cidades
-Em relação a Religião Grega (Deuses) e Egípcia (Zoomorfismo e Antropomorfismo) hoje temos como principais o Catolicismo e o Protestantismo.


Leandro Nascimento

2° B

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

A idade média, a civilização árabe e a formação das monarquias ibéricas.

idade média
  Marcada por uma serie de considerações preconceituosas, a idade média compreende o período da parte da queda do direito Romano, até o surgimento do movimento Renascentista antes de ser chamada '' idade das trevas'' esse período histórico possui uma diversidade que não se encerra no predomínio das concepções religiosas em detrimento da busca pelo o conhecimento. É durante p período medieval que estabelece a complexa fusão de valores culturas Romanas e Germânicos. Ao mesmo tempo nesse período que vermos a formação do império Bizantino, da expansão dos árabes e o surgimento das primeiras universidades.

   A civilização Árabe
     Antecedentes até o século XI, a península árabe, entre a asia e a africa, eram habitadas por algumas tribos árabes que sobreviviam basicamente do pastoreio. Essas tribos possuíam diferentes estilos de vida e de crenças. Os beduínos eram nômades e viviam no deserto ultilizando como sobrevivência os camelos e praticando o o comercio de caravanas. As tribos das coraixitas, por sua vez, habitavam na região litorânea e e viviam do comercio fixo. No fim do seculo VI, o mundo árabe sofreu importantes transformações com o aparecimento de Maomé, um jovem e habilidoso caravaneiro que circulou varias regiões do Oriente durante suas atividades comerciais. Em suas andanças, Maomé entrou em contato com diferentes povos e, supostamente, conheceu as singularidades da crença monoteísta em 610, teve uma visão que o fez fundar uma nova região: o islamismo. Para defender sua região, Maomé pregava em Meca, criticando o politeísmo. Acabou perseguido por suas crenças e, em 622, teve que fugir da medina. Esta fuga é conhecida como Hégira e marca o inicio do calendário muçulmano.

   O islamismo, que significa ''submissão a deus'',ensina que todos os homens são iguais perante Alá (Deus, em árabe). Os ensinamentos de Maomé foram reunidos no ALCORÃO, livro sagrado dos islamíticos. A região islâmica, ou muçulmana, é chamado de Mesquita. A região estabelece alguns preceitos morais que o adepto que deve seguir durante sua vida. Entre esses preceitos, estão orar cinco vezes ao dia, jejuar periodicamente, descansar nas sexta-feiras, fazer caridade, ir ao menos uma vez na vida aos lugares sagrados de Meca, cidade santa dos muçulmanos. Algumas interpretação do Corão falam de jihad, ou guerra santa, para espalhar por meio de conquistas a região islâmica e converter os infiéis ao culto de um só Deus. Os muçulmanos creem que os que morrem combatendo pela fé islâmica tem assegurado o paraíso. Isso explica o empenho mostrado pelos árabes em todas as sua conquistas.

A expansão
   Antes de Maomé, os árabes eram politeístas. Cada tribo tinha as suas próprias divindades. Depois de Maomé, as tribos árabes foram unificadas sob os princípios da nova religião. Após a morte de Maomé, em 632, iniciou-se a guerra santa contra infiéis do mundo inteiro. Em menos de um século, os árabes conquistaram a Síria, a Pérsia, o Egito, o norte da África e a Espanha. Os ataques eram geralmente coordenados por um califa, chefe político e religioso, considerado sucessor do profeta Maomé. Em 711, atravessaram o estreito de Gibraltar e conquistaram quase toda a península ibérica. A seguir, atravessaram os Pireneus e entraram na Gália, mas foram derrotados pelos francos em 732. Os árabes geralmente tratavam com moderação os povos conquistados, procurando respeitar os seus costumes. Essa era uma forma de manter sob controle estas populações.

 Sunitas e Xiitas
  No decorrer da expansão do império islâmico, surgiram fortes discussões para saber quem deveria controlar os ricos territórios conquistados. O crescimento da comunidade islâmica contribuiu para o surgimento de vários grupos político-religiosos. Dentre estes, destacaram-se os sunitas e os xiitas. Os sunitas adotaram a suna – livro que conta a trajetória se Maomé – para resolver questões não esclarecidas pelo Alcorão. Eles só reconhecem líderes religiosos escolhidos diretamente pelos muçulmanos. Os xiitas, por sua vez, preferem uma interpretação mais rígida do Alcorão e não costumam admitir conhecimento de outros livros. Eles só reconhecem líderes religiosos que sejam descendentes diretos de Maomé. Atualmente, o grupo xiita é normalmente associado aos pequenos grupos terroristas que mancham a reputação do mundo árabe. Os sunitas representam cerca de 80% da comunidade islâmica espalhada pelo mundo.
        
    O declínio

  O império islâmico se manteve unido durante quase duzentos anos após a morte de Maomé. Essa união só foi possível graças a religião e à língua árabe, presente no Corão. O declínio do império, no entanto, começou a partir do século VIII quando, um após outro, os governadores de diversas províncias passaram a negar ajuda ao governo central. As rivalidades, o fanatismo e as ambições pessoais dos diversos califas, que se diziam herdeiros de Maomé, levaram à guerras civis, a desagração e à derrota. As pressões externas também contribuíram para esse declínio. Na península ibérica, no século XI, começou o movimento de reconquista dos cristãos com o objetivo de retomar os territórios em poder dos árabes. No Oriente, no século XVI, os turcos otomanos conquistaram o que restava do outrora vasto império islâmico. Durante a primeira metade daquele século, os otomanos se tornaram senhores do Oriente Médio.

   Os árabes deixaram grandes contribuições culturais, assimilando o conhecimento das civilizações com as quais entravam em contato. Estas contribuições foram difundidas aos europeus durante a Idade Média. Nas artes, os árabes destacaram-se na arquitetura. Contruíram grandes palácios e mesquitas. Desenhavam arabescos, ornamentos geométricos com caracteres em árabe, pois a reprodução de figuras humanas era proibida. Na literatura, criaram obras até hoje conhecidas no Ocidente, tais como: “As mil e uma noites”, “As minas do rei Salomão” e “Ali Babá e os quarenta ladrões”. Na matemática, desenvolveram a álgebra e a trigonometria. Na química, dedicaram-se principalmente à alquimia. Na medicina, Avicena descreveu a natureza de várias doenças e a forma de curá-las. Na agricultura, difundiram novos produtos e novas técnicas, como irrigação. No comércio, aperfeiçoaram o uso de recibos, cheques e cartas de crédito. Os árabes também trouxeram da China o conhecimento da bússola e da pólvora.


   A formação das monarquias ibéricas: Portugal e Espanha
   Portugal e Espanha possuem uma origem comum e vários pontos de sua história se encontram e estão entrelaçados.
   Primeiro Portugal e depois a Espanha foram precursores na formação das monarquias absolutistas na Europa, os dois primeiros Estados Nacionais europeus.
   É a partir do nascimento da nacionalidade portuguesa e espanhola que, por exemplo, os descobrimentos e a expansão ultramarina se tornaram possíveis, mudando a face do mundo conhecido e conduzindo a configuração contemporânea das relações econômicas, sociais e políticas.
   Assim, para entender a história da Idade Moderna é essencial conhecer a formação das monarquias ibéricas, por sua vez, sendo necessário recuar no tempo até as origens mais remotas da cultura da região.

As origens da cultura ibérica.
   O território que hoje constitui Portugal e Espanha, rico em recursos hídricos, desde a antiguidade possui a pequena extensão montanhosa do norte fértil e as grandes planícies do sul propícias somente ao cultivo de oliveiras (azeitonas) e videiras (uva). Apesar de hoje a irrigação ter solucionado a falta de terras para o plantio e pastoreio, principalmente na Espanha, um dito anedótico português medieval simboliza ainda esta característica.
Afirma o dito que quando um boi é posto a pastar no campo, o excremento do animal cai nas terras do vizinho, tamanho o aspecto apertado das propriedades rurais, dificultando o cultivo dos cereais, tal como trigo, usado para fabricar pão, o principal produto de consumo ibérico até o século XIX. A despeito desta característica, a península ibérica, com sua costa recortada, sempre foi um convite à pesca e a partida, mas igualmente exerceu forte atrativo ao desembarque de povos vindo do norte da África e outras regiões através do mar mediterrâneo.
Existem vestígios que comprovam do povoamento da península anterior a 1800 a.C, quando por lá passaram povos da mais diferentes origens, inclusive do longínquo Oriente.
  

No entanto, povos de origem celta, entre os quais os lusitanos, fizeram-se presentes, fixados em cidades fortificadas, chamadas Castros. Eles dominaram a península, estabelecendo o comercio de sal e ouro, trabalhando unidos com os fenícios.

  a reconquista
   A Europa medieval era um barril de pólvora, com gritante desigualdade, exploração dos camponeses ao extremo, nobres lutando entre si pelo poder e entrando em atrito com o papado, quando a igreja católica pensou na solução ideal: focalizar a atenção da população em um inimigo externo que pudesse unir todos em torno do cristianismo.
   Dentro deste contexto, o Papa convocou a cristandade para livrar a península ibérica dos infiéis, fazendo levas e mais levas de peregrinos rumarem para lá, buscando conciliação com o divino e fortuna, incrementando os contingentes cristãos. Entre os nobres, neste período, somente o primogênito se habilitava a herdar terras e títulos, aos outros filhos homens restava entrar para o clero ou buscar fortuna em terras distantes como cavaleiro.

conclusão
   o rei da França, Luis XIV foi o autor da célebre afirmação: ''o Estado sou eu''. Ele simbolizou a autoridade suprema do rei absolutista, foi o perfeito monarca, caracterizado o antigo regime. No entanto muito antes da formação do Estado Nacional absolutista Frances, o precursor do Estado nacional foi Portugal, seguido pela a Espanha.
    O catolicismo foi o centro de apoio de ambos, Deus concedia poder divino aos reis, com autoridade ilimitada e incontentável, o que iria encerrar definitivamente a pretensão dos papas ao poder temporal, a quem a partir de então passaria a restar apenas governa a espiritualidade.   
   A harmonia garantida  do Estado absolutista, em Portugal seria garantida pela burguesia. O que permitiu aos reis legitimarem a formação do Estado Nacional e o sentimento de nacionalidade, uma construção coletiva que demorou século e não obra de apenas um homem.
   Uma harmonia obtida na Espanha através de apoio de alta nobreza. Nos dois casos permitindo a expansão ultramarina, sustentáculo das monarquias ibéricas na idade moderna. 

aluna: Aline Roselia
  

terça-feira, 14 de outubro de 2014

democracia e cidadania, a estrutura politica, o direito romano e corpus juris civilis.

Democracia e cidadania
  As artes e obras arquitetônicas, o idioma, o pensamento filosófico, a mitologia, as instituições políticas são algumas das expansões culturais gregas de influência nas civilizações contemporâneas ocidentais. Conhecer parte desse legado possibilita o conhecimento de importantes aspectos de nossa cultura.
  Os governos do mundo ocidental contemporâneo se baseiam nos princípios da democracia, termo de origem grega: demos significa “povo” e cratos, “poder”. Surgida em Atenas, no século VI a.C., esse sistema deveria ser exercido por cidadãos preparados, conhecedores dos problemas da cidade onde vivem. Daí a importância que davam à educação e à formação dos cidadãos em sua sociedade. Mas os conceitos de democracia e de cidadania para os gregos são bem diferentes dos conceitos atuais.

Relação com o dia-a-dia
  A democracia da Europa ocidental era bem diferente da dos dias de hoje, pois era direcionada à poucos, e apesar de a sociedade ser formada por escravos, e outras pessoas, apenas as que tinham um sangue “nobre” e tinham uma ascensão social eram beneficiadas por tal democracia, diferentemente dos das de hoje em que todos tem direitos teoricamente iguais.

O direito romano

  O império Romano teve início com a fundação da cidade e o período histórico em que Roma foi governada por reis chamado de realeza. Existiam quatro classes: patrícios, clientes, escravos e plebeus. Os poderes públicos eram exercido pelo rei, pelo senado e pelo o povo. O fim da realeza teve como marco a expulsão de Tarquínio. Na fase da república, houve a substituição dos reis por dois comandantes militares. As classes sociais eram classe baixa e nobreza. A economia se baseava na mão-de-obra escrava. A organização política era composta por cônsules, pelo senado e pelo o povo.
  Alto império é o período histórico do reinado de Augusto até a morte de Diocleciano. Os poderes públicos eram exercido pelo imperador, consilium principis, funcionários imperiais, magistraturas republicanas, senado, comícios e pela organização das províncias. A fase do baixo império é caracterizada pela monarquia absolutista. E o fim dessa fase é marcada pela a morte do imperador Justiniano.
  Os poderes públicos eram exercido pelo senado, pela as magistraturas republicanas e pelo imperador. Chama-se período bizantino a fase histórica que vai desde a morte de Justiniano até a tomada da cidade de Constantinopla. Nesse período os poderes estavam concentrados na mãos de um imperador. O direito romano é considerado a mais importante fonte histórica do direito. Sua atualidade é evidente. Ele está presente em vários institutos jurídicos e princípios atuais. Ao estuda-lo, ocorre a análise das origens vigente.

O direito romano na realeza

  Os manuais de direito romano indicam que o império romano teve início com a fundação da cidade, em 753 a.C., e que o período histórico em que Roma foi governada por três reis chamado de realeza. Essa cidade tem sido governada por sete reis até 510 a.C., ano considerado histórico.
Rômulo foi o primeiro rei, sendo considerado fundador lendário de Roma. Com relação à época da fundação, considera-se ter sido ‘’ a cidade romana, constituída, no início, pelos os componentes das tribos conhecidas pelos os nomes de ramnenses, tirienses e luceres, razão pela a qual Rômulo, conforme narra Cézar Fiuza ‘’ dividiu a cidade em três tribos: Tities, Ramnes e Luceres ‘’
Tendo em vista que nessas tribos havia apenas homens, Rômulo convidou os sabinos, povo vizinho, constituído de indivíduos de ambos os sexos, para festividades. Nessa ocasião, os romanos teriam raptado as pessoas do sexo feminino, razão pela a qual se iniciou uma guerra entre esses povos. Antes do termino da batalha por, influência das mulheres, os sabinos resolveram se integrar aos romanos, junto a tribo dos Tities.
  Sérvio Túlio, penúltimo rei dessa fase, ordenou o primeiro censo na história. Ele ‘’ mandou fazer cadastro de todos, sendo que os censores vasculhavam todos os cantos da cidade à procura de riqueza, para que se pudesse pagar impostos e ampliar as receitas’’.
Vale ressaltar que o fim da realeza teve como marco a expulsão do ‘’ último rex, Tarquínio, o Soberbo, usurpador de poderes realmente imperiais ‘’.

Porque mudou a humanidade?
  Por que organizou as leis que já existiam e formulou novas, que se tornaram a base do direito civil moderno além de representar uma revolução jurídica é também um documento importante sobre a vida no Império romano.

Corpus Juris Civilis
Criado 534 d.C.
 
  O corpus Juris Civilis ou corpus Iuris Civilis (em português corpo de direito civil) é uma obra jurídica fundamental, publicada entre os anos 529 e 534 por ondem do imperador bizantino Justiniano I, que dentro de seu projeto de unificar e expandir o Império bizantino, viu que era indispensável criar uma legislação congruente e que tivesse capacidade de atender as demandas e litígios vivenciados a época. Por esses motivos, foi publicado o Corpus Juris Civilis, designado assim pelo ramanista francês Dionísio Godofredo em 1583.
  Em 527 d.C., sobe ao trono em Constantinopla, Justiniano, que inicia ampla obra militar e legislativa.

aluna: Aline Roselia

A cidade e as primeiras civilizações, a organização das sociedades na antiguidade oriental e ocidental.

Discutindo a história

Povos da antiguidade, nesse período que a humanidade começou a conhecer a experiência de viver em cidade, e com elas surgem os reinos, impérios e as cidades estado. Tradicionalmente a antiguidade era dividida em oriente (que compreende a civilização egípcia e a mesopotâmica, bem como os fenícios, hebreus e persas) e clássica ou Ocidental (grego e romanos.

O surgimento da cidade e do estado, não aconteceu ao mesmo tempo em todo o mundo. A história abarca diferentes momentos e diferentes formas de sentir e vivenciar o tempo, ou seja, múltiplas personalidades.

No início do século XIX, no Brasil, por exemplo, praticamente não se ensinava a história do Brasil. A história da civilização era ensinada apenas como um pequeno capítulo da história sagrada, os ensinamentos sobre o passado conforme a bíblia. Isso porque o estado tinha uma forte ligação com a igreja católica.

Antigas civilizações

Existem dois tipos principais de vestígios: os voluntários e os involuntários. Os primeiros foram produzidos com objetivo de registrar determinada informação ou imagens de pessoas ou instituições; os segundos resultam das atividades do dia a dia, sem outras intenção além de viver a própria vida.

No caso dessas civilizações antigas, as pesquisas envolve técnicas arqueológicas e de análise de evidências históricas, principalmente documentos escritos e vestígios materiais, como esculturas, utensílios, construções. A todo momento pesquisadores fazem novas descobertas em sítios arqueológicos, até mesmo sítios subaquáticos, como vestígios de navios naufragados que trazem informações sobre rotas de transportes e características da cultura, política e comércio entre os povos.

Os materiais encontrados nesses sítios arqueológicos são estudados por diferentes especialistas, que dispõem em técnicas específicas. No caso dos documentos escritos, a analise implica a decifração e a tradução de inscrições em pedra, argila, conchas, papiros e outros materiais. Um dos estudiosos mais importantes na tradução da linguagem usada no Egito antigo foi a francês Jean-François Champollion (1790-1832), que começou a decifrar os hieróglifos – como são denominados os sinais da escrita do antigo Egito

Durante muitos séculos, os hieróglifos aguçaram a curiosidade dos pesquisadores, que não conseguiam decifrá-los. Em 1799, numa expedição científica e militar ao Egito, sob o comando de Napoleão Bonaparte, foi encontrado um bloco de granito negro que continha a mesma inscrição gravada ao grego, demótico e hieróglifos. A pedra, que

tornaria conhecida como pedra Roseta, por ter sido encontrada no local de mesmo nome, foi a chave para decifrar dos hieróglifos. Como o grego permaneceu uma língua conhecida e usada até então, as traduções puderam ser feitas.



Civilização

¨Civilização¨ é uma palavra com muitos significados. No sentido que utilizamos, civilização equivale ao produto material e cultural do trabalho humano e as transformações da natureza. Nesse sentido todas as culturas humanas podem ser consideradas civilizadas, rompendo com a visão evolucionista e eurocêntrica construídas durante o período de conquistas pelos europeus.

Eventos como o extermínio de milhões de pessoas promovido pelos nazistas alemães durante a segunda guerra mundial, o lançamento de bombas atômicas sobre as cidades japonesas hiroxima e nagasáqui. Mostram que a ¨civilização¨ com valores ¨superiores¨ e humanistas não eram tão verdadeira como se pensava até então.

É preciso considerar que civilização não é um estágio mais avançado que todos os povos teriam necessariamente de alcançar, como se fossem pessoas que passam por fases de crescimento e amadurecimento. O que existe são diferentes respostas de distintos grupos humanos a seus respectivos meios, resultando em diferentes culturas, que não podem ser comparadas, como se umas fossem classificáveis como melhores ou piores, ou mais “avançadas” que outras.

Mesopotâmia, Egito e hebreus

A mesopotâmia é hoje ocupada pelo Iraque e uma parte pelo irã, ainda é forte a crença de que foi nessa região que surgiu a vida urbana, embora descobertas recentes tenham encontrado cidades mais antigas do que as mesopotâmicas.

No séculos XIX, a região era dominada pelo império Turco Otomano, aliado da Alemanha, que, como todas as potências europeias na época, procura expandir a seu território ou a sua influência sobre a África e a Ásia. Em 1920, após a primeira guerra mundial e o esfacelamento do Império Otomano, a mesopotâmia passou ao domínio inglês.

A escavação do final do século XIX Foram estimulada pela decifração da escrita cuneiforme, encontrada em tábuas de argila no início daquele mesmo século. O estudo dos caracteres cuneiformes permitiu aos pesquisadores analisar textos legais, contratos de propriedade, produto e comércio, entre outros documentos.

A civilização Egípcia povoa a imaginação do Ocidente há cerca de três séculos. Antes disso, as pirâmides estavam cobertas por areia, ou sendo saqueadas por ladrões de tumbas. No sinal do século XVIII, Napoleão Bonaparte já ocupara o Egito para
enfraquecer militar e comercialmente sua maior rival, a Inglaterra, controlando rotas comerciais terrestres e dificultando o domínio inglês da Índia.

A expedição militar de Napoleão, que que encontrou a pedra de Roseta, já mencionada, durou de 1798 a 1801 e incluiu grande número de estudiosos, fizeram pela primeira vez, extenso e exaustivo levantamento de informação e de objetos da antiga civilização local.

Posteriormente, a Inglaterra, consolidada como maior potência econômica e militar do século XIX, foi impondo seu poder e influência sobre o Egito, até finalmente instalar funcionários ingleses em posto-chave do governo egípcio.


A civilização Mesopotâmica

A Mesopotâmia situa-se no Oriente Médio, entre os rios Tigre e Eufrates, na região conhecida como Crescente Fértil. Seu nome já sugere tratar-se de uma região fértil, embora localizada em meio a montanhas e deserto. Mesopotâmia vem do grego (meso=”meio”; potamos=”água”) e significa “terra entre rios”.

A mesopotâmia, é ainda hoje uma planície aberta a invasões por todo lado. Além disso, o regime de cheias do tigre e do Eufrates não é tão regular como o do Nilo, no Egito, por isso são frequentes as inundações violentas a até períodos de seca na região banhada por eles.

Os primeiros vestígios de sedentarismo humano na mesopotâmia datam de aproximadamente 10000 a.c. com crescimento populacional e dos primeiros núcleos urbanos da região, desenvolveu-se um complexo sistema hidráulico, que tornou possível a drenagem de pentágonos, além da construção de diques e barragens, para evitar inundações e armazenar água para época de seca.

O sucesso das atividades produtivas levou formação de grandes cidades com mais de mil habitantes.
Essas cidades tinham principalmente função militar, protegendo a riqueza gerada pela agricultura e, ao mesmo tempo exercendo o controle político da população da região.


A Civilização Egípcia

Estalada no estremo nordeste da África, em região desértica, a civilização egípcia floresceu ás margens do Rio Nilo, beneficiando-se do regime de cheias. Ao fim do período de cheias, o rio volta ao seu leito normal e as margens, naturalmente fertilizadas, tornam possível uma rica agricultura.
Diante do aumento populacional no Neolítico, tornaram-se necessárias obras hidráulicas, como a construção de diques e canais.

As atuações dos monarcas – chefes dos nomos- , a expansão das atividades agrícolas, graças ás obras de irrigação e drenagem, e as seguidas disputas regionais contribuíram
para a fusão dos nomos, Originando por volta de 3500 a.C., dos reinos: do Alto Egito, do sul e do Baixo Egito, ao norte, na região do delta do Nilo.

Século depois, perto de 3200 a.C., deu-se a unificação, formando o primeiro reino unificado de que se
tem conhecimento na história. A sede inicialmente foi a cidade de Tínis, e mais tarde Mênfis, atual Cairo.


Os Hebreus

O povo hebreu estabeleceu-se na Palestina, região do atual território de Israel, às margens do Rio Jordão. Praticou a agricultura e o pastoreio, embora com grandes dificuldades, por causa do clima seco. Os primeiros hebreus que ocuparam a região, por volta de 2000 a.C., tinham origem semita, como os cananeus, que já eram habitantes da região, mas foram derrotados pelas tribos hebraicas.

Na bíblia, dados históricos misturaram-se com relatos místicos e religiosos envolvendo as principais personagens da história antiga hebraica. O primeiro grande líder hebreu, segundo a tradição, foi a Abraão, considerado o primeiro patriarca (chefe do clã). De acordo com a bíblia Abraão foi sucedido pelos patriarcas Isaac e Jacó. Dos herdeiros deste último descenderam os grupos familiares originais, chamados de “as 12 tribos de Israel”. É importante ressaltar, contudo, que nenhum dos patriarcas mencionado em qualquer outro documento da época que não seja o Antigo Testamento.

As crescentes dificuldades econômicas fizeram com que muitos hebreus se dirigissem ao rico vale do Nilo. Embora a princípio essa ocupação tenha sido pacífica, posteriormente eles foram escravizados.
A fuga dos hebreus do Egito, conhecida como o Êxodo, ocorreu sob a liderança do patriarca Moisés durante essa fuga, ainda segundo a Bíblia, Deus lhe ditou Os Dez Mandamentos, um conjunto de leis escritas em duas pedras. Após 40 anos de jornadas pelo deserto, os hebreus acabaram retornando à Palestina, já sob a licença de Josué.

Segundo os relatos bíblicos, os hebreus ocuparam a cidade de Jericó e, divididos em tribos passaram a nomear juízes para combater os filisteus que ocupavam o litoral da Palestina. Após a provável instalação dos hebreus na Palestina, ocorreu várias tentativas de unificar as tribos em um reino único, mas a unificação só aconteceu com a liderança de Saul, em 1010 a.C., considerado o primeiro rei dos hebreus.

Davi, o sucessor de saul, conseguiu lançar as bases para a formação de um verdadeiro estado hebraico, com governo centralizado, exército permanente e organização burocrática. Jerusalém tornou-se capital do Reino de Israel. Para os cultos foi construído um grande templo dedicado a Jeová: o templo de Jerusalém (conhecido como templo de Salomão) na capital hebraica.
Logo surgiram disputas pela sucessão, que resultaram na divisão dos hebreus em dois reinos: o de Israel, com capital em samaria, e o de judá, com capital em Jerusalém.

A consequência imediata da divisão foi a invasão estrangeira, inicialmente pelos assírios e mais tarde por Nabucodonosor, rei da Babilônia no século VI a.C., depois de saquer Jerusalém destruir o templo de Salomão, Nabucodonosor levou um grande número de habitantes do reino de judá como escravos para a mesopotâmia.

Os últimos invasores da palestina na antiguidade fôramos macedônios e, a seguir, os romanos. A resistência à ocupação romana, em 70 d.C., foi reprimida brutalmente. Jerusalém foi destruída e os hebreus se dispersaram por outras regiões. Esse movimento tornou-se conhecido como diáspora e se estabeleceu por centenas de anos.


Os Fenícios e os Persas

A fenícia situava-se no litoral da síria, no norte da palestina, onde se localiza atualmente o Líbano. Foi ocupada antes de 3000 a.C., por povos semitas que, além de desenvolverem a agricultura como cultivo de cereais, videiras e oliveiras, a pesca e o artesanato, destacaram-se no comercio marítimo.

Os povos fenícios estavam organizados em cidades-Estado como Biblos, Silon, Tiro. Na fenícia, as cidades-estado eram chefiadas pela elite mercantil e proprietária das embarcações, constituindo uma talassocracia (do grego thálassa =”mar”, kratía = força”, ”governo”), ou seja que o governo centrado no domínio marítimo.

Os fenícios chegaram a estabelecer rotas mercantis por todo o Mediterrâneo e até no litoral Atlântico do norte da África. Instalaram povoados em várias regiões no Mediterrâneo, verdadeiros entrepostos comerciais, como Cartago, no norte da África.

Com vários povos propiciado pelas relações mercantis, os fenícios conheceram várias culturas e suas artes, técnicas e descobertas, tornando-se depositários dos conhecimentos de muitas regiões e povos.

Ao mesmo tempo, deram contribuições originais à humanidade, sendo a principal delas um alfabeto fonético simplificado, composto de 22 letras, que, incorporado pelos gregos e romanos, serviu de base para o alfabeto ocidental atual.

Já os povos que ocupavam o planalto iraniano, região chamada pelos gregos de persis ou parsa, usualmente denominada Pérsia, produziram uma civilização responsável por um dos maiores impérios do mundo antigo.
Ciro, o principal conquistador, foi bastante hábil em se aliar às elites locais dos territórios conquistados, em vez de simplesmente submetê-las. Desse modo, garantiu relativa estabilidade a um vasto império.

O período de maior florescimento persa ocorreu no reinado de Dario, que dividiu o império em províncias, as satrápias.
Dario também mandou construir estradas que ligavam os principais centros urbanos do império (Susa, Pasárgada, Persépolis), criou um eficiente sistema de correios.

No império Persa, assim como entre outros povos da Antiguidade oriental, a população estava submetida à servidão coletiva, prestando serviços obrigatórios ao Estado.
O domínio do imperador era garantido pelo numeroso exército, mantido com propósitos expansionistas.

Durante quase todo século V a.C., os gregos e os persas se enfrentaram em conflitos que se tornaram conhecidos como Guerras Médicas- nome que faz referência ao povo medo, da Pérsia- ou Guerras Greco-Pérsicas.
Os conflitos deram início à época áurea da Grécia, vitoriosa nas Guerras Médicas, e à desagregação do Império Persa.

Apesar de ter incorporado muitos conhecimentos de outros povos, como a escrita cuneiforme de origem mesopotâmica, a cultura persa teve características próprias.

Em geral, os persas também admitiam a vida após a morte e o advento de um Messias à terra, um salvador que libertaria os justos (assim como na religião judaica). Os princípios dessa religião, chamada de zoroastrismo ou masdeísmo, estavam no livro sagrado Zend-Avesta, que teria sido escrito por um personagem lendário: Zoroastro, também denominado Zaratustra.



Relação com o dia-a-dia


As cidades, atualmente, têm culturas baseadas em antigas civilizações inclusive as aqui estudadas. O planejamento da construção de um lugar já acontecia em civilizações antigas, isso foi visto na Mesopotâmia, por exemplo, se aproveitavam das cheias dos rios Tigre e Eufrates e criavam recursos e construções hídricas que serviram de base para os dias atuais.

aluna: Aline Roselia