terça-feira, 16 de dezembro de 2014

A Idade Média, a civilização árabe e a formação das monarquias nacionais ibérica


A Idade Média pode ser definida como o período compreendido entre a queda do Império Romano do Ocidente, em 476, e a queda de Constantinopla, capital do Império Bizantino. A cidade foi conquistada pelos turcos-otomanos em 1453, havendo ao mesmo tempo a formação dos Estados Nacionais europeus, dando início ao período chamado de Idade Moderna.
A Idade Média é dividida em dois períodos. O primeiro período é o da Alta Idade Média, compreendido entre os séculos V ao XI, e o segundo é o da Baixa Idade Média, ocorrido entre os séculos XII ao XV.
A Alta Idade Média, iniciada com a queda do Império Romano do Ocidente, em decorrência das invasões dos povos bárbaros, foi marcada pelo processo de ruralização da sociedade europeia. Fugindo dos ataques bárbaros, os povos do Império Romano que viviam nas cidades passaram a se dirigir para o campo, como forma de se protegerem dos ataques. Com os ataques e a permanência dos bárbaros nos territórios conquistados, aos poucos foi surgindo uma nova formação social, resultando da mistura das instituições romanas e germânicas.

No aspecto da organização econômica e social, foi na Alta Idade Média que se consolidou o feudalismo enquanto sistema de produção. As relações de servidão entre senhores e camponeses, e as relações de vassalagem entre distintos senhores feudais fortaleceram-se nesse longo período da história européia. É válido ressaltar ainda que fosse nesse período que houve o auge do Império Bizantino e a expansão da civilização mulçumana.


Afresco do monastério de Mileseva, na Sérvia. A religião foi o principal tema tratado nas obras de arte da Idade Média.

A Baixa Idade Média foi o período em que se iniciou a desintegração do mundo feudal europeu. As consequências das cruzadas no âmbito comercial proporcionaram um renascimento do comércio com o Oriente a partir do século XII. Outro renascimento do período foi o Renascimento Urbano, decorrente do comércio nas feiras do interior do continente, que levou à expansão das cidades. Essas mudanças resultaram aos poucos na diminuição do poder cultural católico, abrindo espaço ao conhecimento baseado no que sobrou da cultura produzida por gregos e romanos, que encontraram difusão nas universidades criadas a partir do século XII.
A Idade Média chegou a ser chamada pelos pensadores do Renascimento de Idade das Trevas, devido ao suposto desaparecimento da cultura greco-romana efetuado pelas invasões bárbaras e o domínio da Igreja. Para esses pensadores, a dominação religiosa havia deixado na escuridão os conhecimentos antigos. Essa perspectiva não corresponde ao que realmente aconteceu, já que os conhecimentos antigos foram mantidos, pois caso contrário esses pensadores não saberiam da existência do conhecimento produzido por gregos e romanos.

Civilização Árabe
A civilização árabe ou islâmica surgiu no Oriente Médio, numa península desértica situada entre a Ásia e a África. É área de aproximadamente um milhão de quilômetros quadrados, com centenas de milhares recobertos por um enorme deserto, pontilhados por alguns oásis e por uma cadeia montanhosa, a oeste. Somente uma estreita faixa no litoral sul da península possui terras aproveitáveis para a agricultura.

Arábia pré- islâmica
O estudo da Arábia pré-islâmica é importante para os estudos islâmicos na medida em que fornece o contexto no qual se deu o desenvolvimento do próprio islã. Existem fontes epigráficas no antigo árabe meridional desde por volta do século IX a.C., e do antigo árabe setentrional desde por volta do século VI a.C.. A partir do século III d.C. a história árabe se torna mais tangível, com a ascensão do Reino Himiarita e com o surgimento dos catanitas, no Levante, e a gradual assimilação dos nabateus por aqueles, ocorrida nos primeiros séculos da era cristã, uma tendência expansionista que finalmente culminou com as explosivas conquistas muçulmanas do século VII.

Arábia islâmica
A construção do Estado árabe iniciou-se com Maomé , um mercador da cidade de meca que fundaria o islamismo, religião monoteísta cujos seguidores também são chamados de muçulmanos. Segundo a tradição islâmica, aos 40 anos de idade Maomé ou Muhammad teria sido escolhido por Deus para ser o último profeta enviado à humanidade. Quando iniciou suas pregações, Maomé dizia que os ídolos da Caaba deviam ser destruídos, pois havia um só deus criador do universo, Alá.

O Islamismo
O Islamismo é uma religião monoteísta, ou seja, acredita na existência de um único Deus; é fundamentada nos ensinamentos de Mohammed, ou Muhammad, chamado pelos ocidentais de Maomé. Nascido em Meca, no ano 570, Maomé começou sua pregação aos 40 anos, na região onde atualmente corresponde ao território da Arábia Saudita. Conforme a tradição, o arcanjo Gabriel revelou-lhe a existência de um Deus único.
                                           Expansão européia e a conquista da América.
  
Nos séculos finais da Idade Média, uma série de fatores, ligados à desestruturação do feudalismo, concorreram para a formação das monarquias nacionais e o fortalecimento da autoridade do rei. Entre esses fatores, destacam-se o desaparecimento gradual da servidão, as revoltas camponesas contra a exploração feudal, o desenvolvimento do comércio e o enfraquecimento do poder da nobreza feudal. Os governos das monarquias nacionais desenvolveram uma série de métodos para garantir o controle político do Estado. Entre eles citamos: burocracia administrativa; força militar; leis e justiça unificadas; sistema tributário.

Portugal
Nos séculos V e VI, a maior pare dos povos que habitavam a península ibérica (romanos e germanos) converteu-se ao cristianismo. No século VIII, a península foi conquistada por muçulmanos vindos do norte da África. Durante toda essa ocupação, que prolongou até o século XV, cristãos e muçulmanos alternaram momentos de luta com relativa paz, o que possibilitou intercâmbios culturais. A economia de Portugal, que era basicamente agrária (seus principais produtos eram o vinho e o azeite), foi-se voltando também para as atividades comercial-marítimas (pesca e comércio de sardinha, baleia, atum, bacalhau), devido ao crescimento de grupos sociais ligados a essas atividades.
Comerciantes e banqueiros interessados no desenvolvimento da atividade marítima queriam preservar a independência de Portugal sob o comando de um rei que apoiasse o crescimento comercial. Com esse objetivo, uniram-se em torno de D. João, irmão bastardo do rei falecido e mestre da Ordem de Cavalaria  de Avis.

A Espanha
Os espanhóis só conseguiram partir para as navegações após expulsarem os muçulmanos da cidade de granada no ano de 1492. Depois disso, deram atenção aos planos do genovês Cristóvão Colombo, que apresentou um novo projeto de navegação para atingir a Índia. Baseando-se na ideia de que a Terra era redonda, Colombo pretendia atingir o Oriente dando a volta em torno do mundo, ou seja, partiria da Europa e seguiria no sentido oeste.
Em 4 de maio de 1493, por meio de um documento chamado Bula Inter Coetera, o papa estabeleceu que as terras da América seriam divididas entre os reis de Portugal e Espanha. Inconformado com a divisão estabelecida, o governo português forçou a negociação de um novo acordo, conhecido pelo nome de Tratado de Tordesilhas, por meio do qual se traçou uma nova linha imaginária a 370 léguas das ilhas de Cabo verde. As terras a oeste dessa linha pertenceriam à Espanha, enquanto as terras a leste seriam dos reis de Portugal.

Aluno: Lucas de lima

Serie:2 ANO B

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