quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Progressão Parcial

Assunto: A Idade Média, a civilização árabe e a formação das monarquias nacionais ibéricas

A idade média foi um longo período que durou aproximadamente 1000 anos. Ela foi subdivida em períodos. Do século V ao século IX foi considerada a alta idade média que refere-se a elementos que vão contribuir para a formação do sistema feudal. Do século IX ao século XII foi quando ocorreu a cristalização do sistema feudal e do século XII ano XV ocorreu a baixa idade média que representa a crise do sistema feudal.

A Alta Idade Media
A alta idade média inicia-se com a desintegração do império romano, essa desintegração foi facilitada com a invasão dos bárbaros germânicos. Onde se constituía o império Romano os povos germânicos se estabeleceram assim surgindo várias nações barbaras. A invasão bárbara, que antes tinha se caracterizado como um processo pacífico, começou a ficar violenta a partir do século IV. O momento era vantajoso para que os bárbaros concluíssem seus objetivos com êxito:
  • A população germânica estava crescendo imensamente, de forma que o espaço geográfico ocupado por eles estava ficando pequeno demais;
  • Eles queriam achar terras férteis para poderem expandir a agricultura e se sentiram atraídos pelo território romano;
  • O Exército Romano estava enfraquecido por falta de uma organização militar mais efetiva
Os principais reinos bárbaros que se formaram onde se constituía o império Romano foi o reino franco, onde está a atual França, e o Anglo-saxão, onde está a Inglaterra. No reino franco existiam duas dinastias a dinastia merovíngia, em homenagem ao rei meroveu, e a dinastia carolíngia em homenagem a Carlos magno. Na dinastia merovíngia o principal nome será o de Clóvis, ele foi importante por foi unificador das tribos francas, e também o primeiro bárbaro a se converter a religião cristã. A conversão ao cristianismo foi de extrema importância aos Francos que passam a receber apoio da Igreja Católica;
Quando o Império Romano do Ocidente se desagregou, desapareceu a ideia de Estado e bem público. A terra passou a ser distribuída entre o clero e a nobreza, como recompensa por serviços prestados. A figura do rei tornou-se bastante frágil entre os francos, submetida ao poder dos proprietários de terra. Com a morte de Clóvis inicia-se um período bastante conturbado chamado de “período dos reis indolente”. Usualmente, suas funções eram delegadas ao major domus, uma espécie de primeiro-ministro. O mais importante desses reios foi Carlos Martel por que ele deteu o avanço árabe sobre a Europa na famosa batalha de Poitiers. A Batalha de Poitiers representa a vitória cristã sobre o avanço muçulmano na Europa. Após esta batalha, Carlos Martel ficou conhecido como "o salvador da cristandade ocidental". Em 751, o filho de Carlos Martel, Pepino, o Breve, iniciou uma nova dinastia, denominada carolíngia. O poder real de Pepino foi legitimado pela Igreja, iniciando-se assim uma aliança entre o Estado e a Igreja - muito comum na Idade Média, bem como o início de uma interferência da Igreja em assuntos políticos. Pelo apoio recebido, Pepino cedeu ao papa grande extensão de terra no centro da Península Itálica. Esse território foi transferido para a administração direta da igreja, sob o nome de Patrimônio de São Pedro, e constituiu o embrião do atual Vaticano. Com a morte de Pepino, o Breve, o poder fica centrado nas mãos de seu filho Carlos Magno, que fundou o império Carolíngio. Carlos Magno ampliou o Reino Franco por meio de uma política expansionista. O Império Carolíngio vai compreender os atuais países da França, Holanda, Bélgica, Suíça, Alemanha, República Tcheca, Eslovênia, parte da Espanha, da Áustria e Itália.
A Igreja Católica, representada pelo Papa Leão III, vai coroá-lo imperador do Sacro Império Romano, no Natal do ano 800. Com a morte de Carlos Magno, Luís, o Piedoso, filho de Carlos, herdou o império e o governou até 841, Seus filhos, pelo tratado de Verdun fizeram a partilha do império e aceleram sua derrocada.
Império Bizantino
 O Império Romano dividido em duas partes: o lado ocidental passa a ser designado por Império Romano do Ocidente, com capital em Roma; o lado oriental passa a ser Império Romano do Oriente com capital em Bizâncio. Quando o imperador Constantino transferiu a capital de Roma para a cidade de Bizâncio, ela passou a ser conhecida como Constantinopla. No império Bizantino o principal nome é o de Justiniano que vai entre outras coisas criar o cesaropapismo que significava que o imperador, Cesar, passa a ter uma autoridade sobre a religião. Teve também a guerra de Reconquista que foi a tentativa de Justiniano para reconstituir o antigo Império Romano, procurando reconquistar o Norte da África, a Itália e Espanha que estavam sob o domínio dos chamados povos bárbaros. Com a morte de Justiniano, o Império Bizantino inicia sua decadência. Entre os séculos VII e VIII os árabes conquistam boa parte do Império Bizantino e em 1453 os turcos ocupam a capital –Constantinopla.

Baixa idade media
Baixa Idade Média foi o segundo período da Idade Média, compreendido entre os séculos XI e XV, que correspondeu à desagregação do sistema feudal e a consequente transição para o sistema capitalista. Com a integração dos mundos romano e germânico e a formação de novos reinos europeus, a cultura medieval atingiu seu apogeu. Algumas causas para esse Apogeu estão no esgotamento da autossuficiência produtiva, progressivamente abalada pelas transformações em curso na Europa, sendo a principal delas o surto demográfico verificado a partir dos séculos X e XI. Com a diminuição progressiva no ritmo das invasões, que caracterizaram praticamente toda a Alta Idade Média, as condições de vida se tornaram mais estáveis, o que provocou o aumento de população. Consequentemente o aumento do consumo e a necessidade de implementar a produção agrícola.
A ampliação das áreas produtivas e o desenvolvimento de técnicas agrícolas, com o uso de arado de ferro e o aperfeiçoamento dos moinhos hidráulicos, gerou um excedente de produção que passou a ser comercializada. Fato que contribuiu para a transformar as sociedades rurais europeias.
                          Escravos trabalhando na produção de trigo ( começo do seculo XIV)
As cruzadas
As cruzadas foram expedições militares, organizadas pela igreja, contra o avanço dos muçulmanos e a retomada do Santo Sepulcro, em Jerusalém, como também o interesse em dominar as rotas comerciais de mercadorias orientais, controladas pelos muçulmanos e pelos bizantinos. As cruzadas se transformaram em uma série de oito expedições à Terra Santa, realizadas entre os séculos XI e XII. Ao organizar as Cruzadas, a Igreja Católica também tinha por objetivo estender sua influência ao território bizantino.

Civilização Árabe
A civilização árabe-islâmica surgiu e irradiou-se a partir da península Arábica. Cerca de 80%de seu território é constituído por desertos.
Viviam na península Arábica diversos povos, organizados em tribos ou clãs, que se dividiam em dois grandes grupos conforme suas características mais marcantes: os árabes do litoral e os do deserto.
Os árabes do litoral eram povos sedentários e dedicavam-se principalmente ao comercio. Os árabes do deserto eram povos seminômades e moravam em cidades próxima da costa como Meca e Yathrib. Dedicavam-se principalmente a criação de ovelhas, cabras e camelos, além de praticarem saques e pilhagens.
Habitadas por diferentes povos, Arábia não tinha unidade política. No século VII, porém, esses povos uniram-se em torno de uma religião fundada por Maomé – o islamismo- e por meio da guerra santa, expandiram seus domínios.
Arábia pré- islâmica
Eles eram politeístas e ligavam-se pelos laços de parentescos. Na cidade de Meca havia um templo conhecido como caaba onde existia várias estatuas de divindades cultuadas pelos árabes. Lá também encontrava-se a Pedra Negra que era venerada pelos árabes que acreditavam ter sido milagrosamente trazida do céu por um anjo. Devido grande parte ao templo religioso Meca tornou-se o principal centro comercial dos árabes.
Arábia islâmica
Maomé foi o criador do islamismo, uma religião monoteísta e os seguidores se chamavam muçulmanos. Quando começou suas pregações Maomé disse que os ídolos de caaba deviam ser destruídos por que existia apenas um Deus criador do universo, Alá. Isso causou a reação dos sacerdotes de Meca e Maomé foi obrigado a deixar Meca e ir para Yathrib (posteriormente denominada Medina). Lá Maomé difundiu a religião islâmica e organizou um exército de fieis. Em 630 conquistaram Meca e destruíram os ídolos da caaba. A partir daí o islamismo expandiu-se pela Arábia.


O Islamismo
A religião islâmica prega a submissão plena do ser humano aos preceitos de Alá. O islamismo tem seus princípios básicos que são encontrados reunidos no Corão, livro sagrado dos muçulmanos. Além de normas religiosas, o Corão inclui preceitos jurídicos, morais, econômicos, e políticos que orientam o cotidiano da vida social.Após a morte Maomé a religião islâmica sofreu várias interpretações e as que mais se destacaram foi a dos sunitas e dos xiitas.
Os sunitas defendem que o chefe do estado muçulmano, o califa, deve ter solidas virtudes morais como honra, respeito pelas leis e capacidade de trabalho.
Já para os xiitas, a chefia do estado muçulmano só pode ser ocupada por um legitimo descendente de Maomé.

Expansão europeia e conquista da América
O processo de centralização política, que levou à formação dos Estados modernos, não ocorreu de forma brusca ou sem resistência da parte dos grupos ou sem resistência da parte dos grupos que não queriam perder seu poder local: os administradores das comunas e os senhores feudais.
No entanto, havia setores da nobreza e da burguesia interessados no fortalecimento da autoridade do rei, pois assim o Estado se tornaria um instrumento mais eficaz para, por exemplo, melhorar as estradas e a segurança pública, uniformizar as moedas e padronizar peso e medias, criar leis e procedimentos jurídicos de âmbito nacional- tudo visando ao desenvolvimento econômico. Assim, para esses grupos sociais, o Estado nacional, com poder centralizado, representava um caminho para a construção de sociedades mais prósperas e seguras.
Os governos das monarquias nacionais desenvolveram uma série de métodos para garantir o controle político do Estado como a burocracia administrativa, a força militar, a leis e justiça unificada e o sistema tributário.
Portugal
Portugal foi governado, por mais de duzentos anos, pelos reis da dinastia de Borgonha. Apesar das diferenças religiosas entres católicos e muçulmanos que habitavam a península, os portugueses foram muito influenciados pelas práticas muçulmanas de comercio e navegação. A economia de Portugal que era agraria foi-se voltando também para as atividades comercial-marítimas, devido ao crescimento de grupos sociais ligados a essas atividades.
Em 1393 morreu o rei D. Fernando sem deixar sucesso do sexo masculino, a dinastia de Borgonha chegou ao fim. A rainha D.leonor Teles, assumiu o poder como regente e deixou o trono português a sua filha Beatriz, casa com o rei de Castela.
Comerciantes e banqueiros interessados na atividade marítima não concordavam com a anexação dos pais ao reino de Castela- queriam preservar a independência política de Portugal sob o comando de um rei que apoiasse o crescimento comercial. Uniram-se em torno de D.João, irmão bastardo do rei falecido e mestre da Ordem de Cavalaria de Avis, motivo pelo qual a luta contra as intenções do rei de Castela ficou conhecida como Revolução de Avis. Portugal foi o primeiro país a empreender as grandes navegações no século XV. Muitos fatores contribuíram para o pioneirismo português, dentre eles estavam a centralização administrativa, o mercantilismo, a ausência de guerras e a posição geográfica.
A expansão marítima português teve início em 1415, com a conquista de Ceuta, no norte da África, um rico centro de negócios dominado pelos muçulmanos. A grande aventura marítima portuguesa que durou quase um século, culminou com a chegada de Vasco da Gama às índias. Realizava-se o sonho de Portugal: descobrir um novo caminho para o Oriente. Depois do retorno dessa expedição, o rei D. Manuel decidiu enviar à Índia uma poderosa esquadra, a fim de estabelecer sólidas relações comerciais com o Oriente. O comando da esquadra foi entregue a Pedro Álvares Cabral. Entretanto a esquadra de Cabral afastou-se da costa africana, dirigindo-se mais para o oeste. No dia 22 de abril, os portugueses avistaram um monte, que recebeu o nome de monte Pascoal; a terra foi batizada com o nome de Vera cruz, o nome atual, Brasil, só passou a ser adotado em 1503.
Espanha
Enquanto a navegação marítima portuguesa se desenvolvia e, consequentemente, o comércio se ampliava em novas direções, os espanhóis enfrentavam os muçulmanos que ainda ocupavam a cidade de Granada, só conseguiram expulsá-los no ano de 1942.
Depois disso, deram atenção aos planos do genovês Cristovão Colombo. Baseando-se na ideia de que a Terra era redonda, Colombo pretendia atingir o Oriente dando a volta em torno do mundo.
Com três caravelas (Santa Maria, Pinta e Niña), Colombo e sua tripulação partiram do porto de Palos em 3 de agosto de 1492. Em 12 de outubro, chegaram a terras que pensavam se a Índia. Por isso, seus habitantes foram chamados de índios
 Alguns anos depois da morte de Colombo, com as viagens de outros navegadores, sobretudo do florentino Américo Vespúcio, o engano de Colombo foi esclarecido. Foi em homenagem a Vespúcio, que o continente até então desconhecido recebeu o nome de América.
Após a chegada de Colombo à América, os reis da Espanha apressaram-se em garantir seus direitos de posse sobre a nova terra. Para isso pediram a intervenção do papa Alexandre VI.

Em 4 de maio de 1493, por meio de um documento chamado Bula Inter Coetera, o popa estabeleceu que as terras da América iriam ser divididas entre os reis de Portugal e Espanha. Inconformado com a divisão, o governo português forçou a negociação de um novo acordo, chamado de Tratado de Tordesilhas, por meio do qual se traçou uma nova linha imaginaria a 370 léguas das ilhas de Cabo Verde. 


Aluna: Bruna Maria Melo 
2º ano A

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