Assunto: A Idade Média, a civilização árabe e a formação das monarquias nacionais ibéricas
A idade média foi um longo período que durou
aproximadamente 1000 anos. Ela foi subdivida em períodos. Do século V ao século
IX foi considerada a alta idade média que refere-se a elementos que vão
contribuir para a formação do sistema feudal. Do século IX ao século XII foi
quando ocorreu a cristalização do sistema feudal e do século XII ano XV ocorreu
a baixa idade média que representa a crise do sistema feudal.
A Alta Idade Media
A alta idade média
inicia-se com a desintegração do império romano, essa desintegração foi
facilitada com a invasão dos bárbaros germânicos. Onde se constituía o império
Romano os povos germânicos se estabeleceram assim surgindo várias nações
barbaras. A invasão bárbara, que antes tinha se
caracterizado como um processo pacífico, começou a ficar violenta a partir do
século IV. O momento era vantajoso para que os bárbaros concluíssem seus
objetivos com êxito:
- A
população germânica estava crescendo imensamente, de forma que o espaço
geográfico ocupado por eles estava ficando pequeno demais;
- Eles
queriam achar terras férteis para poderem expandir a agricultura e se
sentiram atraídos pelo território romano;
- O
Exército Romano estava enfraquecido por falta de uma organização militar
mais efetiva
Os principais reinos bárbaros que se
formaram onde se constituía o império Romano foi o reino franco, onde está a
atual França, e o Anglo-saxão, onde está a Inglaterra. No reino franco existiam
duas dinastias a dinastia merovíngia, em homenagem ao rei meroveu, e a dinastia
carolíngia em homenagem a Carlos magno. Na dinastia merovíngia o principal nome
será o de Clóvis, ele foi importante por foi unificador das tribos francas, e
também o primeiro bárbaro a se converter a religião cristã. A conversão ao cristianismo foi de extrema importância aos
Francos que passam a receber apoio da Igreja Católica;
Quando o Império Romano do Ocidente se desagregou,
desapareceu a ideia de Estado e bem público. A terra passou a ser distribuída
entre o clero e a nobreza, como recompensa por serviços prestados. A figura do
rei tornou-se bastante frágil entre os francos, submetida ao poder dos
proprietários de terra. Com a morte de Clóvis inicia-se um período bastante
conturbado chamado de “período dos reis indolente”. Usualmente, suas funções
eram delegadas ao major domus, uma
espécie de primeiro-ministro. O mais importante desses reios foi Carlos Martel
por que ele deteu o avanço árabe sobre a Europa na famosa batalha de Poitiers. A Batalha de Poitiers representa a vitória cristã sobre o
avanço muçulmano na Europa. Após esta batalha, Carlos Martel ficou conhecido
como "o salvador da cristandade ocidental". Em 751, o filho de Carlos
Martel, Pepino, o Breve, iniciou uma nova dinastia, denominada carolíngia. O poder real de Pepino foi
legitimado pela Igreja, iniciando-se assim uma aliança entre o Estado e a
Igreja - muito comum na Idade Média, bem como o início de uma interferência da
Igreja em assuntos políticos. Pelo apoio recebido, Pepino cedeu ao papa grande
extensão de terra no centro da Península Itálica. Esse território foi
transferido para a administração direta da igreja, sob o nome de Patrimônio de
São Pedro, e constituiu o embrião do atual Vaticano. Com a morte de Pepino, o Breve, o
poder fica centrado nas mãos de seu filho Carlos Magno, que fundou o império
Carolíngio. Carlos Magno ampliou o Reino Franco por meio de uma política
expansionista. O Império Carolíngio vai compreender os atuais países da França,
Holanda, Bélgica, Suíça, Alemanha, República Tcheca, Eslovênia, parte da
Espanha, da Áustria e Itália.
A Igreja Católica, representada pelo Papa Leão III, vai coroá-lo imperador do Sacro Império Romano, no Natal do ano 800. Com a morte de Carlos Magno, Luís, o Piedoso, filho de Carlos, herdou o império e o governou até 841, Seus filhos, pelo tratado de Verdun fizeram a partilha do império e aceleram sua derrocada.
A Igreja Católica, representada pelo Papa Leão III, vai coroá-lo imperador do Sacro Império Romano, no Natal do ano 800. Com a morte de Carlos Magno, Luís, o Piedoso, filho de Carlos, herdou o império e o governou até 841, Seus filhos, pelo tratado de Verdun fizeram a partilha do império e aceleram sua derrocada.
Império
Bizantino
O Império Romano dividido em duas partes: o
lado ocidental passa a ser designado por Império Romano do Ocidente, com
capital em Roma; o lado oriental passa a ser Império Romano do Oriente com
capital em Bizâncio. Quando o imperador Constantino transferiu a capital de
Roma para a cidade de Bizâncio, ela passou a ser conhecida como Constantinopla.
No império Bizantino o principal nome é o de Justiniano que vai entre outras
coisas criar o cesaropapismo que significava que o imperador, Cesar, passa a
ter uma autoridade sobre a religião. Teve também a guerra de Reconquista que
foi a tentativa de Justiniano para reconstituir o antigo Império Romano,
procurando reconquistar o Norte da África, a Itália e Espanha que estavam sob o
domínio dos chamados povos bárbaros. Com a morte de Justiniano, o Império
Bizantino inicia sua decadência. Entre os séculos VII e VIII os árabes
conquistam boa parte do Império Bizantino e em 1453 os turcos ocupam a capital
–Constantinopla.
Baixa idade
media
Baixa Idade Média foi o segundo
período da Idade Média, compreendido entre os séculos XI e XV, que correspondeu
à desagregação do sistema feudal e a consequente transição para o sistema
capitalista. Com a integração dos mundos romano e germânico e a formação de
novos reinos europeus, a cultura medieval atingiu seu apogeu. Algumas causas
para esse Apogeu estão no esgotamento da autossuficiência produtiva,
progressivamente abalada pelas transformações em curso na Europa, sendo a
principal delas o surto demográfico verificado a partir dos séculos X e XI. Com
a diminuição progressiva no ritmo das invasões, que caracterizaram praticamente
toda a Alta Idade Média, as condições de vida se tornaram mais estáveis, o que
provocou o aumento de população. Consequentemente o aumento do consumo
e a necessidade de implementar a produção agrícola.
A ampliação das áreas produtivas e o desenvolvimento de técnicas
agrícolas, com o uso de arado de ferro e o aperfeiçoamento dos moinhos
hidráulicos, gerou um excedente de produção que passou a ser comercializada.
Fato que contribuiu para a transformar as sociedades rurais europeias.
Escravos trabalhando na produção de trigo ( começo do seculo XIV)
As cruzadas
As cruzadas
foram expedições militares, organizadas pela igreja, contra o avanço dos
muçulmanos e a retomada do Santo Sepulcro, em Jerusalém, como também o interesse
em dominar as rotas comerciais de mercadorias orientais, controladas pelos
muçulmanos e pelos bizantinos. As cruzadas se transformaram em uma série de
oito expedições à Terra Santa, realizadas entre os séculos XI e XII. Ao
organizar as Cruzadas, a Igreja Católica também tinha por objetivo estender sua
influência ao território bizantino.
Civilização Árabe
A civilização
árabe-islâmica surgiu e irradiou-se a partir da península Arábica. Cerca de
80%de seu território é constituído por desertos.
Viviam na península
Arábica diversos povos, organizados em tribos ou clãs, que se dividiam em dois
grandes grupos conforme suas características mais marcantes: os árabes do
litoral e os do deserto.
Os árabes do
litoral eram povos sedentários e dedicavam-se principalmente ao comercio. Os árabes do deserto
eram povos seminômades e moravam em cidades próxima da costa como Meca e
Yathrib. Dedicavam-se principalmente a criação de ovelhas, cabras e camelos,
além de praticarem saques e pilhagens.
Habitadas por diferentes povos, Arábia não
tinha unidade política. No século VII, porém, esses povos uniram-se em torno de
uma religião fundada por Maomé – o islamismo- e por meio da guerra santa,
expandiram seus domínios.
Arábia pré- islâmica
Eles eram politeístas e ligavam-se pelos
laços de parentescos. Na cidade de Meca havia um templo conhecido como caaba
onde existia várias estatuas de divindades cultuadas pelos árabes. Lá também
encontrava-se a Pedra Negra que era venerada pelos árabes que acreditavam ter
sido milagrosamente trazida do céu por um anjo. Devido grande parte ao templo
religioso Meca tornou-se o principal centro comercial dos árabes.
Arábia islâmica
Maomé foi o criador do islamismo, uma
religião monoteísta e os seguidores se chamavam muçulmanos. Quando começou suas
pregações Maomé disse que os ídolos de caaba deviam ser destruídos por que
existia apenas um Deus criador do universo, Alá. Isso causou a reação dos sacerdotes
de Meca e Maomé foi obrigado a deixar Meca e ir para Yathrib (posteriormente
denominada Medina). Lá Maomé difundiu a religião islâmica e organizou um exército
de fieis. Em 630 conquistaram Meca e destruíram os ídolos da caaba. A partir
daí o islamismo expandiu-se pela Arábia.
O Islamismo
A religião islâmica prega a submissão plena
do ser humano aos preceitos de Alá. O islamismo tem seus princípios básicos que
são encontrados reunidos no Corão, livro sagrado dos muçulmanos. Além de normas
religiosas, o Corão inclui preceitos jurídicos, morais, econômicos, e políticos
que orientam o cotidiano da vida social.Após a morte Maomé a religião islâmica sofreu
várias interpretações e as que mais se destacaram foi a dos sunitas e dos
xiitas.
Os sunitas defendem que o chefe do estado
muçulmano, o califa, deve ter
solidas virtudes morais como honra, respeito pelas leis e capacidade de
trabalho.
Já para os xiitas, a chefia do estado
muçulmano só pode ser ocupada por um legitimo descendente de Maomé.
Expansão europeia e conquista da América
O processo de centralização política, que
levou à formação dos Estados modernos, não ocorreu de forma brusca ou sem
resistência da parte dos grupos ou sem resistência da parte dos grupos que não
queriam perder seu poder local: os administradores das comunas e os senhores
feudais.
No entanto, havia setores da nobreza e da
burguesia interessados no fortalecimento da autoridade do rei, pois assim o
Estado se tornaria um instrumento mais eficaz para, por exemplo, melhorar as
estradas e a segurança pública, uniformizar as moedas e padronizar peso e
medias, criar leis e procedimentos jurídicos de âmbito nacional- tudo visando
ao desenvolvimento econômico. Assim, para esses grupos sociais, o Estado
nacional, com poder centralizado, representava um caminho para a construção de
sociedades mais prósperas e seguras.
Os governos das monarquias nacionais
desenvolveram uma série de métodos para garantir o controle político do Estado
como a burocracia administrativa, a força militar, a leis e justiça unificada e
o sistema tributário.
Portugal
Portugal foi governado, por mais de duzentos
anos, pelos reis da dinastia de Borgonha. Apesar das diferenças religiosas
entres católicos e muçulmanos que habitavam a península, os portugueses foram
muito influenciados pelas práticas muçulmanas de comercio e navegação. A
economia de Portugal que era agraria foi-se voltando também para as atividades
comercial-marítimas, devido ao crescimento de grupos sociais ligados a essas
atividades.
Em 1393 morreu o rei D. Fernando sem deixar
sucesso do sexo masculino, a dinastia de Borgonha chegou ao fim. A rainha
D.leonor Teles, assumiu o poder como regente e deixou o trono português a sua
filha Beatriz, casa com o rei de Castela.
Comerciantes e banqueiros interessados na
atividade marítima não concordavam com a anexação dos pais ao reino de Castela-
queriam preservar a independência política de Portugal sob o comando de um rei que
apoiasse o crescimento comercial. Uniram-se em torno de D.João, irmão bastardo
do rei falecido e mestre da Ordem de Cavalaria de Avis, motivo pelo qual a luta
contra as intenções do rei de Castela ficou conhecida como Revolução de Avis. Portugal foi o primeiro país a empreender as
grandes navegações no século XV. Muitos fatores contribuíram para o pioneirismo
português, dentre eles estavam a centralização administrativa, o mercantilismo,
a ausência de guerras e a posição geográfica.
A expansão marítima português teve início em
1415, com a conquista de Ceuta, no norte da África, um rico centro de negócios
dominado pelos muçulmanos. A grande aventura marítima portuguesa que durou
quase um século, culminou com a chegada de Vasco da Gama às índias. Realizava-se
o sonho de Portugal: descobrir um novo caminho para o Oriente. Depois do
retorno dessa expedição, o rei D. Manuel decidiu enviar à Índia uma poderosa esquadra,
a fim de estabelecer sólidas relações comerciais com o Oriente. O comando da
esquadra foi entregue a Pedro Álvares Cabral. Entretanto a esquadra de Cabral
afastou-se da costa africana, dirigindo-se mais para o oeste. No dia 22 de
abril, os portugueses avistaram um monte, que recebeu o nome de monte Pascoal;
a terra foi batizada com o nome de Vera cruz, o nome atual, Brasil, só passou a
ser adotado em 1503.
Espanha
Enquanto a navegação marítima portuguesa se
desenvolvia e, consequentemente, o comércio se ampliava em novas direções, os
espanhóis enfrentavam os muçulmanos que ainda ocupavam a cidade de Granada, só
conseguiram expulsá-los no ano de 1942.
Depois disso, deram atenção aos planos do
genovês Cristovão Colombo. Baseando-se na ideia de que a Terra era redonda,
Colombo pretendia atingir o Oriente dando a volta em torno do mundo.
Com três caravelas (Santa Maria, Pinta e
Niña), Colombo e sua tripulação partiram do porto de Palos em 3 de agosto de
1492. Em 12 de outubro, chegaram a terras que pensavam se a Índia. Por isso,
seus habitantes foram chamados de índios
Alguns
anos depois da morte de Colombo, com as viagens de outros navegadores,
sobretudo do florentino Américo Vespúcio, o engano de Colombo foi esclarecido.
Foi em homenagem a Vespúcio, que o continente até então desconhecido recebeu o
nome de América.
Após a chegada de Colombo à América, os reis
da Espanha apressaram-se em garantir seus direitos de posse sobre a nova terra.
Para isso pediram a intervenção do papa Alexandre VI.
Em 4 de maio de 1493, por meio de um
documento chamado Bula Inter Coetera, o popa estabeleceu que as terras da
América iriam ser divididas entre os reis de Portugal e Espanha. Inconformado
com a divisão, o governo português forçou a negociação de um novo acordo,
chamado de Tratado de Tordesilhas, por meio do qual se traçou uma nova linha
imaginaria a 370 léguas das ilhas de Cabo Verde.
Aluna: Bruna Maria Melo
2º ano A
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