sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

A Idade Média, a civilização árabe e a formação das monarquias nacionais ibéricas.


A Idade Média teve início na Europa com as invasões germânicas (bárbaras), no século V, sobre o Império Romano do Ocidente. Essa época estende-se até o século XV, com a retomada comercial e o renascimento urbano. A Idade Média caracteriza-se pela economia ruralizada, enfraquecimento comercial, supremacia da Igreja Católica, sistema de produção feudal e sociedade hierarquizada.
A sociedade muito diferente daquela do Império Romano era hierarquizada e marcada pela fé em Deus e pelo controle da Igreja católica, sem dúvida a instituição mais poderosa de toda a Idade Média. O poder político era descentralizado, ou seja estava nas mãos de muitos senhores que tinham posses de terra.

Por todas essas características, esse momento ficou conhecido de Idade das Trevas. Eles acreditavam que o mundo medieval tinha soterrado o conhecimento produzido pelos gregos e romanos. O estudo dos fenômenos naturais e das relações sociais por meio da observação, por exemplo, teria sido substituído pelo misticismo religioso.
O certo é que durante esses mil anos a sociedade européia construiu grande parte de seus valores culturais.

A alta idade média
Inicia-se com a desintegração do império romano, essa desintegração foi facilitada com a invasão dos bárbaros germânicos. Onde se constituía o império Romano os povos germânicos se estabeleceram assim surgindo várias nações barbaras. A invasão bárbara, que antes tinha se caracterizado como um processo pacífico, começou a ficar violenta a partir do século IV. O momento era vantajoso para que os bárbaros concluíssem seus objetivos com êxito:
  • A população germânica estava crescendo imensamente, de forma que o espaço geográfico ocupado por eles estava ficando pequeno demais;
  • Eles queriam achar terras férteis para poderem expandir a agricultura e se sentiram atraídos pelo território romano;
  • O Exército Romano estava enfraquecido por falta de uma organização militar mais efetiva
Os principais reinos bárbaros que se formaram onde se constituía o império Romano foi o reino franco, onde está a atual França, e o Anglo-saxão, onde está a Inglaterra. No reino franco existiam duas dinastias a dinastia merovíngia, em homenagem ao rei meroveu, e a dinastia carolíngia em homenagem a Carlos magno. Na dinastia merovíngia o principal nome será o de Clóvis, ele foi importante por foi unificador das tribos francas, e também o primeiro bárbaro a se converter a religião cristã. A conversão ao cristianismo foi de extrema importância aos Francos que passam a receber apoio da Igreja Católica.

Império Bizantino
O Império Romano dividido em duas partes: o lado ocidental passa a ser designado por Império Romano do Ocidente, com capital em Roma; o lado oriental passa a ser Império Romano do Oriente com capital em Bizâncio. Quando o imperador Constantino transferiu a capital de Roma para a cidade de Bizâncio, ela passou a ser conhecida como Constantinopla. No império Bizantino o principal nome é o de Justiniano que vai entre outras coisas criar o cesaropapismo que significava que o imperador, Cesar, passa a ter uma autoridade sobre a religião. Teve também a guerra de Reconquista que foi a tentativa de Justiniano para reconstituir o antigo Império Romano, procurando reconquistar o Norte da África, a Itália e Espanha que estavam sob o domínio dos chamados povos bárbaros. Com a morte de Justiniano, o Império Bizantino inicia sua decadência. Entre os séculos VII e VIII os árabes conquistam boa parte do Império Bizantino e em 1453 os turcos ocupam a capital –Constantinopla.

Baixa idade media
Baixa Idade Média foi o segundo período da Idade Média, compreendido entre os séculos XI e XV, que correspondeu à desagregação do sistema feudal e a consequente transição para o sistema capitalista. Com a integração dos mundos romano e germânico e a formação de novos reinos europeus, a cultura medieval atingiu seu apogeu. Algumas causas para esse Apogeu estão no esgotamento da autossuficiência produtiva, progressivamente abalada pelas transformações em curso na Europa, sendo a principal delas o surto demográfico verificado a partir dos séculos X e XI. Com a diminuição progressiva no ritmo das invasões, que caracterizaram praticamente toda a Alta Idade Média, as condições de vida se tornaram mais estáveis, o que provocou o aumento de população. Consequentemente o aumento do consumo e a necessidade de implementar a produção agrícola.
A ampliação das áreas produtivas e o desenvolvimento de técnicas agrícolas, com o uso de arado de ferro e o aperfeiçoamento dos moinhos hidráulicos, gerou um excedente de produção que passou a ser comercializada. Fato que contribuiu para a transformar as sociedades rurais europeias.
 Prevaleceu na Idade Média as relações de vassalagem e suserania. O suserano era quem dava um lote de terra ao vassalo, sendo que este último deveria prestar fidelidade e ajuda ao seu suserano. O vassalo oferecia ao senhor, ou suserano, fidelidade e trabalho, em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. As redes de vassalagem se estendiam por várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso.
Todo os poderes jurídico, econômico e político concentravam-se nas mãos dos senhores feudais, donos de lotes de terras.


As cruzadas foram movimentos militares cristãos em sentido à Terra Santa com a finalidade de ocupá-la e mantê-la sob domínio cristão. No século VII surgiu no Oriente Médio uma religião também monoteísta que conquistaria muitos adeptos com o passar do século. No final do século XI, a religião já havia se tornado grande o suficiente para clamar por seus lugares sagrados, que, no entanto, eram coincidentes com os lugares sagrados dos cristãos. A cidade de Jerusalém é o principal local sagrado para essas duas religiões monoteístas e também para o judaísmo. As cruzadas foram divididas em nove, destacando a 1º cruzada requisitada pelo Papa Urbano II que reuniu a nobreza para ajudar na desocupação dos infiéis na terra santa. Também tiveram movimentos extra oficiais conhecida como cruzada dos mendigos. As Cruzadas foram um fracasso em seu objetivo de conquistar a Terra Santa para os cristãos. Custaram muito caro para a nobreza europeia e resultaram em milhares de mortes. No entanto, essas expediçõ
es influenciaram grandes transformações no mundo medieval. Elas causaram o enfraquecimento da aristocracia feudal, fortaleceram o poder real e possibilitaram a expansão do mercado. A civilização oriental contribuiu muito para o enriquecimento cultural europeu, promovendo desenvolvimento intelectual. Nunca mais Jerusalém foi dominada pelos cristãos, mas as movimentações ocorridas no trajeto para a Terra Santa expandiram os relacionamentos com o mundo conhecido na época.


Império Árabe: O Império Árabe teve sua formação a partir da origem do islamismo, religião fundada pelo profeta Maomé. Antes disso, a Arábia era composta por povos semitas que, até o século VII, viviam em diferentes tribos. Os beduínos eram nômades e levavam uma vida difícil no deserto, utilizando como meio de sobrevivência o camelo, animal do qual retiravam seu alimento (leite e carne) e vestimentas (feitas com o pêlo). Com suas caravanas, praticavam o comércio de vários produtos pelas cidades da região. Já as tribos coraixitas, habitavam a região litorânea e viviam do comércio fixo. Foi o profeta maomé que unificou os árabes em torno da religião islâmica a partir do século VII da Era cristã. Meca era o centro religioso e comercial do povo árabe, onde depositavam suas imagens em um local denominado Caaba.

O surgimento do islamismo: Maomé, como comerciante estabeleceu contatos comerciais com diversas comunidades judaicas e também cristãs, por meio das quais obteve conhecimento das práticas do culto monoteísta. Maomé teve um sonho onde se revelou que era profeta do Deus único (Alá) e cabia a ele unificar o povo árabe em torno de uma nova religião. Assim Maomé começou a dar início as suas pregações. Maomé viu que na região de Mexa eles não aceitavam a unificação religiosa e a aristocracia organizou uma perseguição para tira-lo da cidade sagrada. Então Maomé recebeu uma notícia de que na região de Yatreb ocorria uma série divergência religiosa, então fugiu imediatamente a cidade de Yatreb. Lá conseguiu pacificar o movimento de rebelião, tornando-se a salvação para a população local. A população então fez a homenagem a Maomé trocando o nome da cidade para Medina (a cidade do profeta). A fuga de Maomé de Meca para Medina tornou-se a data inicial do Calendário islâmico (Hégira).

Formação das monarquias nacionais Ibéricas
O rei da França, Luis XIV, foi o autor da célebre afirmação: “O Estado sou eu”. Ele simbolizou a autoridade suprema do rei absolutista, foi o perfeito monarca, caracterizando o Antigo Regime. No entanto, muito antes da formação do Estado Nacional absolutista francês, o precursor do Estado Nacional foi Portugal, seguido pela Espanha. O catolicismo foi o centro de apoio de ambos, Deus conferia poder divino aos reis, com autoridade ilimitada e incontestável, o que iria encerrar definitivamente a pretensão dos Papas ao poder temporal, a quem, a partir de então, passaria a restar apenas governar a espiritualidade. A harmonia garantida do Estado absolutista, em Portugal seria garantida pela burguesia. O que permitiu aos reis legitimarem a formação do Estado Nacional e o sentimento de nacionalidade, uma construção coletiva que demorou séculos e não obra de apenas um homem. Uma harmonia obtida na Espanha através do apoio da alta nobreza. Nos dois casos, permitindo a expansão ultramarina, sustentáculo das monarquias ibéricas na Idade Moderna.

Portugal

Nos séculos V e VI, a maior pare dos povos que habitavam a península ibérica (romanos e germanos) converteu-se ao cristianismo. No século VIII, a península foi conquistada por muçulmanos vindos do norte da África. Durante toda essa ocupação, que prolongou até o século XV, cristãos e muçulmanos alternaram momentos de luta com relativa paz, o que possibilitou intercâmbios culturais. A economia de Portugal, que era basicamente agrária (seus principais produtos eram o vinho e o azeite), foi-se voltando também para as atividades comercial-marítimas (pesca e comércio de sardinha, baleia, atum, bacalhau), devido ao crescimento de grupos sociais ligados a essas atividades.
Comerciantes e banqueiros interessados no desenvolvimento da atividade marítima queriam preservar a independência de Portugal sob o comando de um rei que apoiasse o crescimento comercial. Com esse objetivo, uniram-se em torno de D. João, irmão bastardo do rei falecido e mestre da Ordem de Cavalaria de Avis.

A Espanha

Os espanhóis só conseguiram partir para as navegações após expulsarem os muçulmanos da cidade de granada no ano de 1492. Depois disso, deram atenção aos planos do genovês Cristóvão Colombo, que apresentou um novo projeto de navegação para atingir a Índia. Baseando-se na ideia de que a Terra era redonda, Colombo pretendia atingir o Oriente dando a volta em torno do mundo, ou seja, partiria da Europa e seguiria no sentido oeste.

Em 4 de maio de 1493, por meio de um documento chamado Bula Inter Coetera, o papa estabeleceu que as terras da América seriam divididas entre os reis de Portugal e Espanha. Inconformado com a divisão estabelecida, o governo português forçou a negociação de um novo acordo, conhecido pelo nome de Tratado de Tordesilhas, por meio do qual se traçou uma nova linha imaginária a 370 léguas das ilhas de Cabo verde. As terras a oeste dessa linha pertenceriam à Espanha, enquanto as terras a leste seriam dos reis de Portugal.

Progressão 1º ano
Aluno(a): Camylla Pereira
Série: 2º ano B

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