A Idade Média teve início na Europa com as
invasões germânicas (bárbaras), no século V, sobre o Império
Romano do Ocidente. Essa época estende-se até o século XV, com a retomada
comercial e o renascimento urbano. A Idade Média caracteriza-se pela economia
ruralizada, enfraquecimento comercial, supremacia da Igreja Católica, sistema
de produção feudal e sociedade hierarquizada.
A sociedade muito diferente daquela do Império Romano era
hierarquizada e marcada pela fé em Deus e pelo controle da Igreja católica, sem
dúvida a instituição mais poderosa de toda a Idade Média. O poder político era
descentralizado, ou seja estava nas mãos de muitos senhores que tinham posses de
terra.
Por todas essas características, esse momento ficou
conhecido de Idade das Trevas. Eles acreditavam que o mundo medieval tinha
soterrado o conhecimento produzido pelos gregos e romanos. O estudo dos
fenômenos naturais e das relações sociais por meio da observação, por exemplo,
teria sido substituído pelo misticismo religioso.
O certo é que durante esses mil anos a sociedade européia
construiu grande parte de seus valores culturais.
A alta idade média
Inicia-se com a desintegração do império romano, essa
desintegração foi facilitada com a invasão dos bárbaros germânicos. Onde se
constituía o império Romano os povos germânicos se estabeleceram assim surgindo
várias nações barbaras. A invasão bárbara, que antes tinha se caracterizado
como um processo pacífico, começou a ficar violenta a partir do século IV. O
momento era vantajoso para que os bárbaros concluíssem seus objetivos com
êxito:
- A população germânica estava crescendo imensamente, de forma que o espaço geográfico ocupado por eles estava ficando pequeno demais;
- Eles queriam achar terras férteis para poderem expandir a agricultura e se sentiram atraídos pelo território romano;
- O Exército Romano estava enfraquecido por falta de uma organização militar mais efetiva
Os principais reinos bárbaros que se formaram onde se
constituía o império Romano foi o reino franco, onde está a atual França, e o
Anglo-saxão, onde está a Inglaterra. No reino franco existiam duas dinastias a
dinastia merovíngia, em homenagem ao rei meroveu, e a dinastia carolíngia em
homenagem a Carlos magno. Na dinastia merovíngia o principal nome será o de
Clóvis, ele foi importante por foi unificador das tribos francas, e também o
primeiro bárbaro a se converter a religião cristã. A conversão ao cristianismo
foi de extrema importância aos Francos que passam a receber apoio da Igreja
Católica.
Império Bizantino
O Império Romano dividido em duas
partes: o lado ocidental passa a ser designado por Império Romano do Ocidente,
com capital em Roma; o lado oriental passa a ser Império Romano do Oriente com
capital em Bizâncio. Quando o imperador Constantino transferiu a capital de
Roma para a cidade de Bizâncio, ela passou a ser conhecida como Constantinopla.
No império Bizantino o principal nome é o de Justiniano que vai entre outras
coisas criar o cesaropapismo que significava que o imperador, Cesar, passa a
ter uma autoridade sobre a religião. Teve também a guerra de Reconquista que
foi a tentativa de Justiniano para reconstituir o antigo Império Romano, procurando
reconquistar o Norte da África, a Itália e Espanha que estavam sob o domínio
dos chamados povos bárbaros. Com a morte de Justiniano, o Império Bizantino
inicia sua decadência. Entre os séculos VII e VIII os árabes conquistam boa
parte do Império Bizantino e em 1453 os turcos ocupam a capital
–Constantinopla.
Baixa idade media
Baixa Idade Média foi o segundo período da Idade Média,
compreendido entre os séculos XI e XV, que correspondeu à desagregação do
sistema feudal e a consequente transição para o sistema capitalista. Com a
integração dos mundos romano e germânico e a formação de novos reinos europeus,
a cultura medieval atingiu seu apogeu. Algumas causas para esse Apogeu estão no
esgotamento da autossuficiência produtiva, progressivamente abalada pelas
transformações em curso na Europa, sendo a principal delas o surto demográfico
verificado a partir dos séculos X e XI. Com a diminuição progressiva no ritmo
das invasões, que caracterizaram praticamente toda a Alta Idade Média, as
condições de vida se tornaram mais estáveis, o que provocou o aumento de
população. Consequentemente o aumento do consumo e a necessidade de implementar
a produção agrícola.
A ampliação das áreas produtivas e o desenvolvimento de
técnicas agrícolas, com o uso de arado de ferro e o aperfeiçoamento dos moinhos
hidráulicos, gerou um excedente de produção que passou a ser comercializada.
Fato que contribuiu para a transformar as sociedades rurais europeias.
Todo os poderes jurídico, econômico e político concentravam-se nas mãos
dos senhores feudais, donos de lotes de terras.
As cruzadas foram movimentos militares
cristãos em sentido à Terra Santa com a finalidade de ocupá-la e mantê-la sob
domínio cristão. No século VII surgiu no Oriente Médio uma religião também
monoteísta que conquistaria muitos adeptos com o passar do século. No final do
século XI, a religião já havia se tornado grande o suficiente para clamar por
seus lugares sagrados, que, no entanto, eram coincidentes com os lugares
sagrados dos cristãos. A cidade de Jerusalém é o principal local sagrado para
essas duas religiões monoteístas e também para o judaísmo. As cruzadas foram
divididas em nove, destacando a 1º cruzada requisitada
pelo Papa Urbano II que reuniu a nobreza para ajudar na desocupação dos infiéis
na terra santa. Também tiveram movimentos extra oficiais conhecida como cruzada dos mendigos. As Cruzadas foram um
fracasso em seu objetivo de conquistar a Terra Santa para os cristãos. Custaram
muito caro para a nobreza europeia e resultaram em milhares de mortes. No
entanto, essas expediçõ
es influenciaram grandes transformações no mundo
medieval. Elas causaram o enfraquecimento da aristocracia feudal, fortaleceram
o poder real e possibilitaram a expansão do mercado. A civilização oriental
contribuiu muito para o enriquecimento cultural europeu, promovendo
desenvolvimento intelectual. Nunca mais Jerusalém foi dominada pelos cristãos,
mas as movimentações ocorridas no trajeto para a Terra Santa expandiram os
relacionamentos com o mundo conhecido na época.
Império Árabe: O Império Árabe teve sua formação
a partir da origem do islamismo, religião fundada pelo profeta Maomé. Antes
disso, a Arábia era composta por povos semitas que, até o século VII, viviam em
diferentes tribos. Os beduínos eram nômades e levavam uma vida difícil
no deserto, utilizando como meio de sobrevivência o camelo, animal do qual
retiravam seu alimento (leite e carne) e vestimentas (feitas com o pêlo). Com
suas caravanas, praticavam o comércio de vários produtos pelas cidades da
região. Já as tribos coraixitas, habitavam a região litorânea e viviam do
comércio fixo. Foi o profeta maomé que
unificou os árabes em torno da religião islâmica a partir do século VII da Era
cristã. Meca era o centro religioso e comercial do povo árabe, onde
depositavam suas imagens em um local denominado Caaba.
O surgimento do islamismo: Maomé, como
comerciante estabeleceu contatos comerciais com diversas comunidades judaicas e
também cristãs, por meio das quais obteve conhecimento das práticas do culto
monoteísta. Maomé teve um sonho onde se revelou que era profeta do Deus
único (Alá) e cabia a ele unificar o povo árabe em torno de uma nova
religião. Assim Maomé começou a dar início as suas pregações. Maomé viu que na
região de Mexa eles não aceitavam a unificação religiosa e a aristocracia
organizou uma perseguição para tira-lo da cidade sagrada. Então Maomé recebeu
uma notícia de que na região de Yatreb ocorria uma série divergência
religiosa, então fugiu imediatamente a cidade de Yatreb. Lá conseguiu pacificar
o movimento de rebelião, tornando-se a salvação para a população local. A
população então fez a homenagem a Maomé trocando o nome da cidade
para Medina (a cidade do profeta). A fuga de Maomé de Meca para
Medina tornou-se a data inicial do Calendário islâmico (Hégira).
Formação das monarquias nacionais Ibéricas
O rei da França, Luis XIV, foi o autor da célebre afirmação:
“O Estado sou eu”. Ele simbolizou a autoridade suprema do rei absolutista, foi
o perfeito monarca, caracterizando o Antigo Regime. No entanto, muito antes da
formação do Estado Nacional absolutista francês, o precursor do Estado Nacional
foi Portugal, seguido pela Espanha. O catolicismo foi o centro de apoio de
ambos, Deus conferia poder divino aos reis, com autoridade ilimitada e
incontestável, o que iria encerrar definitivamente a pretensão dos Papas ao
poder temporal, a quem, a partir de então, passaria a restar apenas governar a
espiritualidade. A harmonia garantida do Estado absolutista, em Portugal seria
garantida pela burguesia. O que permitiu aos reis legitimarem a formação do
Estado Nacional e o sentimento de nacionalidade, uma construção coletiva que
demorou séculos e não obra de apenas um homem. Uma harmonia obtida na Espanha
através do apoio da alta nobreza. Nos dois casos, permitindo a expansão
ultramarina, sustentáculo das monarquias ibéricas na Idade Moderna.
Portugal
Nos séculos V e VI, a maior pare dos povos
que habitavam a península ibérica (romanos e germanos) converteu-se ao
cristianismo. No século VIII, a península foi conquistada por muçulmanos vindos
do norte da África. Durante toda essa ocupação, que prolongou até o século XV,
cristãos e muçulmanos alternaram momentos de luta com relativa paz, o que
possibilitou intercâmbios culturais. A economia de Portugal, que era
basicamente agrária (seus principais produtos eram o vinho e o azeite), foi-se
voltando também para as atividades comercial-marítimas (pesca e comércio
de sardinha, baleia, atum, bacalhau), devido ao crescimento de grupos sociais
ligados a essas atividades.
Comerciantes e banqueiros interessados no desenvolvimento da
atividade marítima queriam preservar a independência de Portugal sob o comando
de um rei que apoiasse o crescimento comercial. Com esse objetivo, uniram-se em
torno de D. João, irmão bastardo do rei falecido e mestre da Ordem de
Cavalaria de Avis.
A Espanha
Os espanhóis só conseguiram partir para as
navegações após expulsarem os muçulmanos da cidade de granada no ano de 1492.
Depois disso, deram atenção aos planos do genovês Cristóvão Colombo, que
apresentou um novo projeto de navegação para atingir a Índia. Baseando-se na
ideia de que a Terra era redonda, Colombo pretendia atingir o Oriente dando a
volta em torno do mundo, ou seja, partiria da Europa e seguiria no sentido
oeste.
Em 4 de maio de 1493, por meio de um documento chamado Bula
Inter Coetera, o papa estabeleceu que as terras da América seriam divididas
entre os reis de Portugal e Espanha. Inconformado com a divisão estabelecida, o
governo português forçou a negociação de um novo acordo, conhecido pelo nome de
Tratado de Tordesilhas, por meio do qual se traçou uma nova linha imaginária a
370 léguas das ilhas de Cabo verde. As terras a oeste dessa linha pertenceriam
à Espanha, enquanto as terras a leste seriam dos reis de Portugal.
Progressão 1º ano
Aluno(a): Camylla Pereira
Série: 2º ano B
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